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Insistência em Nenê, posicionamento e finalizações: o que deu errado no Fluminense contra o Palmeiras

Tricolor novamente teve problemas para criar e segue sem vencer pelo Campeonato Brasileiro com o empate por 1 a 1 no Maracanã

Fluminense x Palmeiras
imagem cameraFluminense apenas empatou com o Palmeiras no Maracanã nesta quarta (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE FC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/08/2020
02:23
Atualizado em 13/08/2020
06:00

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Se a atuação contra o Grêmio foi mediana, o Fluminense se viu com o desempenho ainda mais fraco diante de um Palmeiras que pouco se esforçou no Maracanã. O empate por 1 a 1 novamente escancarou a dificuldade criativa de um time que, mais uma vez com novas peças, não consegue se encontrar ofensivamente, sofre com a transição entre os setores e com as escolhas de Odair Hellmann que não surtem efeito. De positivo apenas os bons momentos do uruguaio Michel Araújo, titular em um jogo oficial pela primeira vez.

A formação com Fred ao lado de Evanilson mais uma vez se mostrou ineficiente. Tanto porque o mais jovem tem um desempenho muito melhor quando está centralizado, como mostrado no momento em que ele retornou para a função e marcou o gol, quanto porque o veterano ainda não conseguiu ter ritmo de jogo e acaba atrapalhando mais do que ajudando. No caso do camisa 9, muito disso acontece em função do esquema. Da forma como Odair joga, com dois pontas, mas sem velocidade, o ídolo tricolor não rende. Esse fator acaba se relacionando diretamente com um dos maiores questionamentos do Flu atual: o posicionamento de Nenê.

Para ter os dois homens de frente, o treinador optou por sacar Marcos Paulo e manter o meia de 39 anos pelo lado direito, onde ainda não rendeu bem. De acordo com o "SofaScore", Nenê, em 75 minutos, teve uma finalização bloqueada, dois dribles e 78% de acerto em passes. Ele ganhou quatro dos oito duelos tentados e perdeu a posse de bola 15 vezes, mais do que qualquer outro atleta do Tricolor.

- A ideia foi ter a manutenção de um goleador, um jogador de força e velocidade, que é o Evanilson. Em uma função que ele faz, em um movimento diferente, mas com liberdade total para ser o segundo atacante, tendo a capacidade de infiltração. A manutenção de um meia-armador e um meio campo com dois meio campistas e um meia-atacante, que é o Michel Araújo. É um jogador polivalente, que pode jogar de lado também - avaliou Odair.

Mesmo com o que o próprio treinador definiu durante a coletiva como "anarquia ofensiva" quando o Fluminense vai atacar, Michel Araújo realmente saiu em alta do confronto, assim como Evanilson, que salvou mais uma vez. O uruguaio apareceu mais pelo lado esquerdo e o meio do campo, tendo 89% de eficiência nos passes, uma finalização bloqueada, 11 duelos ganhos e seis faltas sofridas.

- O Michel chegou como um meia e foi evoluindo na disputa e físico. Hoje ele pode jogar tanto pelo lado como pode ser mais avançado, na inversão do tripé. E também pode ser como fiz hoje lateralizando ele e o Dodi no segundo tempo. Ele está mostrando a capacidade de jogo, força e intensidade. O Yago tem característica diferente do Michel. E o Dodi por trás de todos esses jogadores com características ofensivas. É buscar o equilíbrio entre as características para fazer um time forte - afirmou Odair.

Para o confronto contra o Internacional, o Fluminense segue em busca do equilíbrio e de atuações convincentes. Sem vitórias em jogos oficiais após a paralisação, a equipe tricolor tem uma dura sequência no mês de agosto. O time volta a entrar em campo no domingo, às 18h, no Maracanã. 

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