Ser goleiro de um time de futebol pode ser cruel. Reserva, então, mais ainda. Normalmente, a segunda opção não chega a jogar nem 10 partidas no ano. Mas, no caso de Júlio César, do Fluminense, a história é diferente. Mesmo sendo considerado substituto de Cavalieri, o camisa 22 aproveita chances, impressiona nos treinos e tem a melhor média entre os goleiros da equipe.
Média de gols sofridos por minutos em campo:
Júlio César: 1gs/481min
M. Felipe: 1gs/74min
Cavalieri: 1gs/90min
Por conta de nova lesão do titular, Júlio César assumiu a posição na terceira partida do ano e tem dado conta do recado. Nos seis jogos que disputou esse ano, sofreu apenas um gol, na derrota para o Internacional na Primeira Liga. No primeiro compromisso de 2017, contra o Criciúma, Cavalieri era o goleiro na vitória por 3x2.
No Carioca, não foi vazado nas quatro partidas em que esteve em campo, contra Resende, Portuguesa, Bangu e Madureira. Na última rodada da fase de grupos da Taça Guanabara, foi poupado por Abel Braga, que testou garotos da base no time titular. Marcos Felipe começou jogando e foi bem: pegou pênalti e garantiu a invencibilidade da defesa nos minutos finais.
Porém, na Copa do Brasil, uma situação inusitada. Contra o Globo-RN, Júlio César levou uma pancada na cabeça e foi substituído ainda no primeiro tempo. Marcos Felipe entrou no decorrer da partida e sofreu dois gols.
Nos treinamentos do CT Pedro Antonio, Júlio César é quase sempre um dos primeiros a entrar no gramado, junto da equipe de preparadores. O camisa 22 chegou ao Fluminense em 2014 e, desde então, é a sombra de Cavalieri. Ao todo, são 27 partidas com a camisa tricolor.