Fluminense lamenta morte do grande benemérito Argeu Affonso
Jornalista de 89 anos, torcedor fanático do Tricolor e sócio do clube por 70 anos ininterruptos, morreu no Rio de Janeiro depois de sofrer um acidente doméstico
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O Fluminense publicou, nesta quinta-feira, uma nota de pesar pela morte do jornalista Argeu Affonso, grande benemérito do clube e sócio por 70 anos. Tricolor fanático, Affonso tinha 89 anos e estava internado no Hospital Silvestre, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, depois de ter sofrido uma queda em casa. A causa da morte ainda não foi divulgada. O presidente Mário Bittencourt decretou luto oficial de três dias.
O ex-secretário de redação do jornal "O Globo" foi um dos responsáveis pela elaboração do livro "100 anos de glórias", no ano passado. Por meio de nota, o Clube das Laranjeiras prestou homenagem e agradeceu os serviços prestados por ele à instituição. O texto lembra, ainda, a presença constante de Argeu nos jogos do Flu, no Maracanã e ligação com o Carnaval como um dos fundadores do prêmio "Estandarte de Ouro".
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Confira a nota na íntegra:
O Fluminense Football Club começou o dia 2 de abril de maneira muito triste. O grande benemérito Argeu Affonso nos deixou. Sócio do clube há 70 anos, com amplos serviços prestados para a instituição, era um companheiro leal, inteligente, carismático e dono de um olhar sempre muito atento e responsável.
Quis o destino que o tricolor apaixonado Argeu tivesse nascido em 21 de julho, justamente a data de fundação do Fluminense. No dia, tradicionalmente, ele recebia o carinho de inúmeros amigos do clube, no que se tornou quase uma tradição.
Nos últimos anos, inclusive, o seu aniversário fez parte do calendário tricolor, ocupando os festejos da já tradicional Flu Fest em um churrasco com dezenas de ex-jogadores. Participou das grandes solenidades e de publicações especiais nos festejos dos 50 anos e dos 100 anos do Fluminense. Recentemente, foi homenageado pelo Conselho Deliberativo por seus 70 anos ininterruptos como sócio do clube.
Frequentador das arquibancadas desde os anos 1940, ele esteve presente a quase todos os jogos do Fluminense. Quase todos. Não ir a um jogo, para Argeu, era como faltar ao trabalho.
E acompanhava o dia a dia tricolor com a autoridade de quem viu a história se passar à sua frente. Sua rica memória, sempre disposto a contar e lembrar de vários fatos vividos pelo clube, era uma parte do patrimônio imaterial do Fluminense. Foi diretor do clube, ocupando importantes cargos que passaram pelo Conselho Deliberativo, departamento Social, Marketing e a vice-presidência de Futebol.
Argeu teve a mesma dedicação ao jornalismo, com brilhante e longeva carreira em O Globo, onde era reconhecido por todos por sua cultura e sua postura ética. Profissional querido em várias redações, era amante não só do futebol, como também do Carnaval. Foi um dos fundadores do Estandarte de Ouro, a mais importante premiação do Carnaval Carioca, da qual foi o Presidente de Honra por anos.
Argeu faleceu hoje, aos 88 anos, em um hospital da Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi internado após um acidente doméstico. O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, determinou luto oficial do clube por três dias.
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