Longe dos holofotes, Jádson é peça essencial no esquema de Abel
Volante foi um dos principais jogadores do Fluminense contra o Botafogo e acertou 61 passes no duelo, mas finaliza pouco
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Sem estar sob os holofotes rotineiramente, o volante Jádson é uma das principais peças do esquema de Abel Braga no Fluminense. E ele voltou a brilhar contra o Botafogo, apesar da derrota. Na final da Taça Rio, em março, ele marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor justamente contra o alvinegro, clube que o revelou, fechando o placar de 3 a 0.
Sempre ágil e objetivo em campo, Jádson fez o meio-campo do Flu girar na noite de segunda-feira e abriu espaço para várias oportunidades criadas pelos companheiros. Apesar da derrota, saiu mais uma vez com o saldo positivo e é um dos atletas mais regulares do elenco.
Para se ter ideia do quanto ele foi participativo contra o Bota no Nilton Santos, o camisa 16 deu incríveis 61 passes certos e apenas quatro errados, além de quatro assistências para que seus companheiros chutassem a gol. O contraponto de suas atuações são as poucas finalizações. Contra o Botafogo, teve duas, uma correta e outra para fora.
- Podemos errar por fazer a pior escolha, mas nunca podemos nos omitir. Tentamos o máximo possível, mas futebol é fascinante por isso, nem sempre o melhor ganha - analisou Jádson após o clássico.
Outra partida que o volante se destacou foi contra o Nacional Potosí, na Copa Sul-Americana. Mesmo na altitude de quatro mil metros, Jádson correu pouco mais de 12 quilômetros. Mais até do que sua média em partidas no Brasil. Apesar de ter feito o pênalti que deu o segundo gol ao time boliviano, deu 22 passes certos e nove errados.
Jadson passou pelas categorias de base do Flamengo, mas teve mais destaque no time profissional do Botafogo, em 2012. Foi vendido para a Udinese, mas, com pouco espaço na Itália, retornou ao Atlético-PR em 2015. Passou por Santa Cruz e Ponte Preta antes de ir para o Flu.
Confiança de Abel
As boas atuações de Jádson são reconhecidas pelo professor. O técnico Abel Braga não poupou elogios ao volante. Para o treinador, o camisa 16 não se preocupa em fazer jogadas de efeito para aparecer mais e se importa muito mais com produção.
- É aquele tipo de jogador que encanta. Não encanta o torcedor porque tudo que ele faz é muito simples, ele não faz por impressão, faz por produção. O Jádson correu mais em Potosi do que a média aqui no Brasil. Ele e Pedro foram os que menos sentiram a altitude - avaliou Abel.
A confiança se reflete em campo. Dos 25 jogos do Fluminense na temporada, Jádson participou de 23 e foi titular em todos eles. O jovem Dodi chegou para ser o reserva imediato do jogador ex-Ponte Preta, mas por enquanto não teve muitas oportunidades, entrando em apenas uma partida já aos 45 minutos do segundo tempo.
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