Marcão adquire ‘casca’ na função de técnico, mas despista sobre o futuro
Apesar da campanha que livrou o Fluminense do rebaixamento, treinador não está garantido no cargo em 2020. Entretanto, experiência adquirida pode lhe abrir portas
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O Fluminense chega na última rodada do Campeonato Brasileiro buscando uma vaga na Copa Sul-Americana e sem risco de rebaixamento. Esse cenário é bastante positivo levando em consideração tudo que aconteceu com o clube na temporada. Dentre as incertezas que cercam o Tricolor para 2020, está a permanência de Marcão no cargo de técnico.
O ex-auxiliar técnico assumiu o time sem grandes perspectivas a não ser evitar a queda para a Série B. O então interino fez a equipe vencer o Grêmio, no Maracanã e na véspera de um clássico diante do Botafogo, foi efetivado como treinador. Não decepcionou e, além de vencer o clássico, empatou com Cruzeiro, no Mineirão, e derrotou o Bahia, no Maracanã.
Os 10 pontos conquistados em 12 disputados, fizeram o discurso mudar, com os jogadores mirando a parte de cima da tabela, ao menos a primeira página. No entanto, cinco jogos sem vencer, somando dois empates e três derrotas, colocaram Marcão em xeque, tanto com o vice-presidente geral, Celso Barros, quanto com os torcedores.
A intensa pressão por uma troca de comando culminou com o racha político entre o então homem forte do futebol e o presidente Mário Bittencourt, que bancou a permanência do treinador. A decisão se mostrou acertada e o Fluminense voltou a somar pontos. Desde então, o time venceu o São Paulo e o CSA, fora de casa, o Palmeiras, no Maracanã, empatou com Atlético-MG, Avaí e Fortaleza, com apenas uma derrota para o Internacional, no Beira-Rio.
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A "casca" adquirida por Marcão pode fazer com que o profissional queria se manter como técnico, deixando de lado a vida de auxiliar técnico. Vale lembrar que o ex-volante fez cursos na CBF e ingressou na faculdade de educação física, buscando se capacitar na função. Com os objetivos alcançados, tendo ainda um desempenho superior ao de seus antecessores, Oswaldo de Oliveira e Fernando Diniz, Marcão despistou sobre o seu futuro.
- Depois que acabar tudo isso, sentaremos com o presidente e veremos a melhor situação para todos nós, para mim e para a instituição. A gente ainda não conseguiu dormir direito desde que assumiu o clube. Sinceramente ainda não consegui parar e pensar no que vai ser o Marcão daqui para a frente. Estou vivendo o momento, o dia a dia. No momento que eu cheguei, era necessário a entrega 24 horas. Todos muito unido, em prol do Fluminense.
Antes de assumir o Fluminense em 2019, Marcão foi treinador interino em duas oportunidades, ambas em 2016. Em um primeiro momento, venceu duas partidas no Campeonato Carioca. No fim do ano, comandou o Tricolor após a demissão de Levir Culpi e acabou não tendo êxito. Em quatro jogos, somou duas derrotas e dois empates.
Três anos depois, Marcão, mais experiente e capacitado, comandou o Fluminense em 17 jogos, todos na atual temporada, com seis vitórias, sete empates e quatro derrotas. Para fechar o ano, o treinador terá pela frente, no domingo, o Corinthians, justamente o primeiro rival, no mesmo local, a Arena Corinthians, podendo fechar com chave de ouro o ano que pode ser o da afirmação como treinador.
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