Marcão dribla oscilações da equipe e classifica o Fluminense pela segunda vez seguida à Libertadores
Em 25 jogos na beira do campo, técnico lida com dificuldade para deixar Tricolor criativo mas, aos poucos, equipe encaixa e se garante na edição de 2022 do torneio
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O técnico Marcão terminou a temporada com o feito de credenciar o Fluminense pelo segundo ano consecutivo a uma das vagas para a Copa Libertadores. Em um Brasileiro de 2021 no qual teve mais tempo para colocar no papel suas ideias, o comandante tricolor passou por uma sucessão de percalços, conseguiu feito inédito, mas acabou deixando a equipe com uma das vagas da competição nacional.
Substituto de Roger Machado, Marcão foi efetivado em agosto e teve 25jogos à frente da equipe tricolor. Até a vitória por 3 a 0 sobre a Chapecoense, obteve 11 vitórias, somou quatro empates e dez derrotas.
A sequência de jogos refletem o que foi o Fluminense no Brasileirão. Sob o comando de Marcão, os tricolores chegaram a ter uma sequência de sete jogos sem derrotas na competição nacional.
Além disto, houve resultados pessoais expressivos. O treinador conseguiu vencer seu primeiro clássico no comando da equipe: um 3 a 1 sobre o Flamengo, com show de John Kennedy.
A equipe alternava entre sequências de dois jogos com vitórias e tropeços consecutivos. Além disto, pontos que poderiam mudar a rota do Fluminense na competição se esvaíam em atuações pouco inspiradas nas quais Marcão não solucionava a falta de criação ou a sucessão de erros de passes.
A afobação foi sentida até mesmo no decorrer da etapa inicial do 3 a 0 sobre a Chapecoense, quando sobrava vontade, mas faltava qualidade.
- No primeiro tempo a gente estava ansioso. A gente cumpriu a parte defensiva muito bem. A gente marcou lá em cima e dificultou muito a saída da Chape. Mas na hora da criação, a gente estava um pouco ansioso. A gente queria definir muito rápido a jogada. A gente balançou pouco, mudou pouco o corredor. A gente conversou no intervalo, e no segundo tempo, com mais calma, a gente conseguiu rodar mais a bola, fazer balançar a equipe adversária - reconheceu o comandante.
Em 2020, Marcão teve 14 jogos para arrumar as coisas no Fluminense. Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas. Ao falar sobre os desafios do Brasileirão de 2021, o treinador tricolor aponta para o alto desgaste que a competição ganhou devido ao calendário acidentado.
- Realmente foi um campeonato atípico. Vi o Abel (Ferreira, treinador do Palmeiras) falando que é uma competição muito difícil o Campeonato Brasileiro. Teve equipe que no primeiro turno estava muito bem, e agora brigando para não cair. Tudo que a gente fez foi porque a gente mereceu. Tinha coisas que podiam estar melhor, mas podia estar pior também. A gente sempre leva pelo lado bom das coisas - e acrescentou a relevância do Maracanã:
- Terminamos o segundo turno como a terceira equipe com mais partidas vencidas em casa. Atrás de Flamengo e Atlético-MG campeão. Temos mérito. Não ganhamos alguns jogos fora, mas em casa, com nosso torcedor, fomos muito fortes. Temos que dar mérito para isso. Tudo que a gente viveu, tudo que a gente passou, foi porque mereceu - finalizou.
O caminho da Copa Libertadores já foi traçado. Agora, há muito para o clube definir.
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