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Ao L!, Marcos Felipe revela ter pensado em desistir da carreira

Em entrevista exclusiva ao Lance!, terceiro goleiro do Fluminense, que assumiu a vaga do lesionado Muriel na reta final do Brasileirão, fala sobre os planos para o futuro no clube

Fluminense
Marcos Felipe agradou nas seis últimas rodadas do Brasileirão (Foto: LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C.)

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A fratura do goleiro Muriel na mão esquerda, quando faltavam seis rodadas para o encerramento do Brasileirão e o Fluminense ainda vivia a ameaça de um novo rebaixamento, deixou a torcida tricolor com um frio na espinha. O momento de apreensão, no entanto, foi a chance que o jovem Marcos Felipe esperava desde criança. Formado em Xerém, o atleta tido, até então, como terceira opção superou o reserva Agenor na preferência do técnico Marcão e deu conta do recado na reta final da temporada com boas atuações na primeira sequência como titular. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o jogador de 23 anos revelou ter pensado em desistir da carreira algumas vezes. O apoio da família e a fé foram a motivação para seguir adiante. 

– Todo atleta trabalha para conquistar o seu espaço, seus objetivos, mas nem sempre as coisas saem do jeito que queremos. Por muitas vezes cheguei em casa pensando em parar de jogar futebol, mas com a ajuda de Deus e da minha esposa, não teria conseguido vencer, foram muitos momentos de oração juntos. Mas tudo isso valeu a pena – revelou. 

Até então pouco conhecido da grande maioria dos torcedores, Marcos Felipe admite ter tido a vida transformada com a fama repentina, mas encara o assédio como algo natural. 

– Com certeza minha vida mudou bastante, muitos da torcida do Fluminense não me conheciam, mas isso é normal. Fico muito feliz  por ter podido ajudar o clube e por trazer a alegria para o torcedor tricolor – contou.

Com contrato renovado até 2022 e o reconhecimento do torcedor e da comissão técnica pelo bom trabalho mostrado, o goleiro já faz planos ambiciosos para as temporadas que tem pela frente com a camisa tricolor. A recuperação de Muriel, entretanto, deve mandá-lo de volta ao banco de reservas. A briga pela posição, segundo ele, só tende a beneficiar o clube. 

– Será uma disputa sadia como sempre foi, o Muriel é um excelente goleiro e amigo, só quem tem a ganhar com isso é o Fluminense. 

Marcos Felipe foi titular nas seis últimas partidas do Campeonato Brasileiro e sofreu três gols, em três empates e três vitórias. Nas categorias de base, foi sempre destaque e soma inúmeras convocações para defender a Seleção Brasileira. Apesar disso, foi pouco aproveitado entre os profissionais, até esse anos. Ao todo, soma apenas 10 partidas pelo Fluminense e 18 na carreira. Em 2015, chegou a ser emprestado para o Macaé. 

Entre outros temas, Marcos Felipe falou das expectativas para 2020, da chegada do treinador Odair Hellmann e da torcida pela recuperação do colega Rodolfo, suspenso por doping. 

Confira a entrevista completa:
 
LANCE!: O clube anunciou Odair Hellmann como novo treinador. O trabalho anterior dele no Internacional era de um futebol com características muito diferentes do apresentado pelo Flu em 2019, com um jogo focado da intensidade defensiva e nas transições rápidas. Como você recebeu a notícia? Quais são as suas expectativas de trabalhar com ele? E as do restante do elenco?

Isso não será problema, nosso papel é fazer aquilo que o Professor pedir para fazermos. Nós gostamos da contração do professor Odair, independente do estilo de jogo que usaremos, faremos de tudo para tornar o Fluminense ainda mais forte. 

O que a torcida tricolor pode esperar do Marcos Felipe em 2020? E do Fluminense?

Comprometimento, seriedade, foco em ajudar o clube, fazer com que o Fluminense ganhe títulos como sempre ganhou. 

Em 2015, você foi emprestado ao Macaé. Como foi esse período fora do Fluminense?

Foi um período muito complicado, porque eu havia saído com esperança de jogar, mas as coisas não fluíram do jeito que nós imaginávamos. Serviu, no entanto, como experiência pra mim.

Como é a sua relação com o preparador de goleiros, o André Carvalho? Vocês dois já se conhecem há muitos anos, desde a base.

É uma relação muito boa, uma relação de pai para filho, ele sempre me deu bons conselhos, sempre acompanhou toda a minha trajetória dentro do clube. Sou muito grato a ele. 

Em agosto, você teve seu contrato renovado com o Flu até 2022, ainda como o terceiro goleiro. Como foi receber esse reconhecimento?

Foi a extensão de um sonho. Sempre, lá no fundo, visualizei contribuindo no gol do Fluminense. E essa renovação foi prova do que as coisas aconteceriam.

Quando Rodolfo foi afastado por doping, você o ajudou de alguma forma? Chegou a conversar com ele? Como foi a reação do elenco?

Cheguei a conversar com ele sim, mas foi pouco. Porque naquele instante, foi um momento muito delicado, mais ficamos tristes sim, porque o Rodolfo é um ser humano nota 1000, e sempre estaremos na torcida por ele.

O que vai fazer nas férias?

Vou descansar, passear com a minha esposa Roberta e com as minhas duas filhas.

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