Com o Salão Nobre das Laranjeiras praticamente lotado, Mario Bittencourt e Celso Barros lançaram oficialmente a chapa "Tantas Vezes Campeão". O primeiro encabeça a candidatura à presidência do Fluminense, na eleição que acontece no dia 8 de junho, enquanto o segundo será o vice-presidente geral.
Mário Bittencourt explicou os planos da gestão. Dentre eles, em se tratando do futebol, a principal mudança é a extinção do vice-presidente de futebol. No entanto, de acordo com o candidato, a estrutura já existe e a tendência é a de que não passe por mudanças.
- A estrutura já existe. A única diferença é que terá um vice-presidente eleito que está acima do futebol. Não falamos em nomes porque não ganhamos a eleição. Não tem nome, o time está jogando e os profissionais estão desenvolvendo um trabalho. A ideia é manter todo mundo. Lá na frente, caso vencermos, quem sabe falaremos em nomes, mas a ideia é manter todo mundo. Gostamos do trabalho do Diniz e do Paulo Angioni.
Para ter sucesso, caso seja o presidente, Mario Bittencourt afirmou que a preocupação é com as finanças do clube. Ele não mentiu ao demonstrar toda a sua preocupação com essa questão.
- Não tenho as informações sobre o problema real. Li o balanço, mas a gente sabe que... em 2016 o balanço dizia que tudo estava em dia e hoje vimos onde isso chegou. Primeiro precisamos resolver o que é urgente para depois resolver o que é importante. Acho que a situação financeira é muito pior do que foi mostrado. Até porque esse balanço se refere ao ano de 2018. Então nesse período o clube construiu novas dívidas. Eu acredito que esteja em torno de R$ 700, R$ 800 milhões. Para eu conseguir resolver isso, eu preciso me organizar, para que alguém minimamente queira ajudar, possa participar.
Para resolver esses problemas, caso eleito, Mário Bittencourt se mantém confiante. Afinal de contas, revelou que o mundo do futebol está respondendo bem ao fato de ele ser o presidente do Fluminense. Na sua avaliação, ele e Celso Barros possuem confiança e credibilidade das pessoas.
- A credibilidade é de que ao lançarmos a candidatura, já recebemos telefonemas de representantes de pessoas que possuem dívidas a receber do clube, acreditando que nós podemos resolver. As pessoas sabem que eu e o Celso temos palavra. Está tendo um movimento do mercado a favor de nós. Atualmente o Fluminense não faz o básico.
Na noite desta terça-feira, Mário Bittencourt anunciou o apoio de dois importantes grupos políticos do clube, a Flu Mais e do Esporte Olímpico. Para Bittencourt, fazer essas alianças passa uma mensagem de união.
- O clube inteiro está entendendo que essa candidatura é de união, que deve trazer a união para o Fluminense. É isso, espero que a gente possa se juntar e formar um clube forte e unido.
Apesar do clima de união, Mário Bittencourt perdeu na campanha eleitoral Ricardo Tenório, que formava ao lado dele e do Celso um Triunvirato. Na época, Tenório chamou o antigo parceiro de personalista. Mário fez questão de contar a sua versão.
- Ele contou duas versões diferentes. Primeiro soltou uma carta dizendo que tinha divergências de opiniões e depois que era um projeto pessoal meu. Se fosse isso não teria união minha com o Celso Barros. Ele foi na imprensa sem falar conosco. Nós respeitamos a candidatura dele e vamos disputar a eleição.
O próximo presidente vai assumir o Fluminense já a partir do mês que vem. Mesmo assim, Mário Bittencourt revelou que não está sendo consultado em nada pela atual diretoria.
- Em nenhum momento fomos consultados pela diretoria atual. Em nada. Em relação ao elenco vamos ter a pausa da Copa América para avaliar. Será um mês importante para se fazer isso.