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Mário diz que Fluminense busca taxa de vitrine por Marcos Paulo e indica renovação com Caio Paulista

Mandatário ainda explicou que o clube tentou o adiamento da partida da segunda fase da Libertadores, mas ainda não obteve sucesso

Apresentação Roger Machado - Fluminense
Mário Bittencourt, presidente do Fluminense (Foto: LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C.)

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Durante a entrevista coletiva de apresentação do técnico Roger Machado, o presidente Mário Bittencourt falou sobre algumas situações extra-campo do Fluminense. Uma delas foi o caso de Marcos Paulo, que já assinou pré-contrato com o Atlético de Madrid, da Espanha, e deixará o Tricolor no final de junho, sem compensação financeira. O dirigente afirmou que o clube ainda negocia para obter uma taxa de vitrine caso o atacante seja utilizado nos próximos meses. O jovem não vinha sendo relacionado nas últimas rodadas do Brasileirão.

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- O Marcos Paulo está na equipe treinando para o Carioca, e seguimos negociando com o Atlético para deixar um percentual de vitrine, de performance, enquanto o atleta estiver aqui até o meio do ano. O Atlético fez uma sugestão de proposta, nós fizemos uma contraproposta, e estamos debatendo isso ainda, negociando essa possibilidade de vitrine caso ele atue. Se o Fluminense for utilizá-lo, receber um percentual por isso - explicou Mário.

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Dos três atletas com contrato apenas até o fim deste mês, Caio Paulista é o único com a situação ainda não resolvida, já que Felippe Cardoso já retornou ao Santos e Hudson se reapresentará ao São Paulo. De acordo com Mário, o atacante já foi procurado para renovação de vínculo. Além disso, o mandatário admitiu o acerto com o lateral-direito Samuel Xavier, ex-Ceará.

- O Angioni teve uma conversa com os representantes do Caio Paulista. Foi colocado esse nome para a comissão técnica, que gostaria de contar com a permanência dele. O Roger já o acompanhava em outros clubes, e a tendência é que permaneça conosco. O Samuel Xavier está chegando, sim. O Angioni está finalizando os termos de contrato e deve ser apresentado durante a semana. É nossa primeira contratação - afirmou.

O Fluminense terminou o Campeonato Brasileiro na quinta posição. Neste momento, terá pela frente o Ayacucho, do Peru, na segunda fase da Libertadores. Entretanto, a situação pode mudar caso o Palmeiras seja campeão da Copa do Brasil, o que daria ao Tricolor uma vaga direta na fase de grupos. O segundo jogo da final contra o Grêmio, porém, é em 7 de março, apenas dois dias antes do duelo com os peruanos, a ser realizado no Brasil.

- Já houve uma tentativa logo depois que acabou o jogo na quinta-feira. O Marcelo Penha entrou em contato com a Conmebol, mas até o momento não houve êxito. O clube peruano (Ayacucho) também está tentando, até porque, no dia 7, às 17h, eles ainda não sabem para onde vão (Rio de Janeiro ou Porto Alegre). Nós pelo menos sabemos que vamos jogar no Rio de Janeiro. Todos estão tentando, mas temos que esperar. A princípio, jogo mantido - disse o presidente.

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MIGUEL


Ele vai fazer 18 anos e vem sendo aproveitado. Faz parte do elenco profissional desde que eu cheguei. É um menino, como tantos outros que sobem, alguns até mais velhos. O jogar treina com o elenco, é relacionado, entra em alguns jogos. Ele faz parte do time que está treinando para o Carioca. Estava treinando ao lado do Ganso e outros. Não há nenhuma questão que o obrigue a algo, o que acontece é que na época em que ele subiu, havia uma filosofia de trabalho da gestão anterior, que não é a que acreditamos, achamos que alguns sobem com idade precoce, não necessariamente maduros, por isso o Sub-23. Depois que o jogador sobe para o profissional, fica complicado descer para treinar e vir. O Aspirantes é justamente esse elo para o menino que sobe, não performa, e acaba jogando com eles. O caso do Martinelli é perfeito, que ficou oscilando, jogou no Sub-23 e hoje está no profissional. O que falta ao Miguel é minutagem e ele terá no Carioca. É um grande atleta, acreditamos nele e esperamos uma boa temporada.

REFORÇOS

O clube segue em reconstrução e tem as metas realistas. No início do Brasileiro eu disse que a meta era a pré-Libertadores e ainda temos chances de fase de grupos. Quando trouxemos reforços considerados de peso no início de 2020 fomos criticados porque eram velhos, quando não existe jogar velho no futebol, tem uns que se cuidam e outros não, como o Nenê. Na temporada os "reforços" que vieram foram de Xerém. Fomos o clube com melhor custo benefício, mas as pessoas esquecem de colocar nesse pacote de investimento o valor gasto em contratações. O Fluminense só comprou dois atletas, o Araújo e o Pacheco, que juntos custaram 1,5 milhão de dólares. As parcelas são pagas com dificuldades. Existem clubes que gastaram 180 milhões de reais em contratação.

Nossa folha anual de todo departamento de futebol, incluindo encargos, não custa mais de R$ 110 milhões. Nossa folha do futebol variou de R$ 2,8 milhões e R$ 3,2 milhões. Há uma previsão orçamentária de reajuste de 20%. Como fizemos um orçamento pé no chão, não fizemos previsões fora da realidade, mas felizmente atingimos a pré-Libertadores. Com isso, podemos aumentar para 25% ou 30%. Vamos trazer jogadores que estão sendo discutidos pelo departamento de futebol. Eles sabem da nossa realidade e vão se enquadrar dentro disso. Tenho certeza que serão reforços de peso, mas no peso que esses profissionais entendem que podem ajudar a encorpar esse grupo que está 80% mantido e é muito qualificado. Vamos trabalhar com o que temos de condição financeira e o que decidirmos para qualificar o grupo. Será um ano difícil. Estaremos em quatro ou até cinco competições. O que vai mudar não é o perfil. Entendemos que quem vem de Xerém é reforço, quem chega por empréstimo também. Jogador caro é o que não joga. 

CONTRATO LONGO

- Com o Roger fizemos um contrato de duas temporadas com as multas previstas em lei para um lado e para o outro. Se ele receber uma proposta no meio do contrato, o clube de fora precisa pagar a multa e se nós dispensarmos, nós pagamos. Esse contrato mostra que temos a ideia de fazer um trabalho a longo prazo. Por acompanhar o Fluminense desde sempre e nos últimos 22 anos quase diariamente como profissional, comecei a olhar para os números. Mesmo nos anos de alto investimento, o clube sempre teve sucesso quando acreditou nos treinadores.

Uma visão minha e do Paulo é de fazer um contrato mais longo e o que dissemos é que gostaríamos muito de terminar a gestão com o trabalho da mesma comissão. É convicção. Não significa que estamos certos, mas é o que acreditamos. Se dá segurança também. Quando você não dá segurança, a própria equipe de trabalho perde a convicção. Não posso trabalhar de uma forma que o treinador acredite que, independente do bom trabalho, se meu time fizer um grande jogo, mas perder, vou embora. No dia da eliminação contra o Atlético-GO, o Paulo convocou uma reunião com o Odair para dizer que seguiríamos com eles independente do resultado. Não tem nada a ver com ser um homem de palavra. Se eu tiver que tirar o treinador eu falo com ele diretamente, aí se especula, sai notícia, conversamos com eles para dizer que temos convicção no que estamos fazendo.

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