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Mascarenhas cita gratidão em volta ao Flu: ‘Colocou pão na minha casa’

Lateral-esquerdo estava emprestado ao Atlético-GO e retornará ao clube em 2019. Com a saída de Ayrton Lucas e a indefinição sobre Marlon, pode lutar pela titularidade na posição

Mascarenhas - Vaivem
imagem cameraMatheus Mascarenhas retorna ao Fluminense após empréstimo (Foto: Nelson Perez/FFC) 
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ) 
Dia 04/12/2018
15:48
Atualizado em 05/12/2018
08:00

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A situação da lateral-esquerda do Fluminense é uma grande incógnita. Ayrton Lucas está com a venda encaminhada para o futebol russo, enquanto Marlon tem o seu empréstimo encerrado e deve voltar ao Criciúma. Quem joga? Entre as poucas certezas, o retorno de Matheus Mascarenhas para 2019 pode se tornar uma solução. Com empréstimo encerrado junto ao Atlético-GO, o atleta volta para brigar pela titularidade no Tricolor na próxima temporada. 

- O empréstimo me fez amadurecer, entender o que é jogar uma competição mais pegada. Passei 12 anos no Fluminense, passei pelas seleções de base, sinto que tinha o que um jogador precisa, mas precisava colocar no forno. Jogar o Paulistão, a Série B... Me sinto pronto para vestir a camisa e ser campeão, o que é o meu sonho - declarou Mascarenhas, ao LANCE!

Mascarenhas é mais um entre os vários atletas de Xerém que passaram por empréstimos e estão retornando ao clube. Entretanto, carrega um diferencial: nos jogos que disputou em 2016, marcou gol, caiu nas graças da torcida e agradou a comissão técnica. Quando perguntado sobre o que significa voltar ao clube onde foi formado, o lateral mostrou gratidão por quem "colocou pão dentro da sua casa". 

- Eu abracei a ideia de vestir a camisa do Flu desde novo. Com sete anos estava na escolinha, com oito estava no clube. O Fluminense colocou pão dentro da minha casa, já pagou estudo para mim, proporciona eu andar de carro, ter saúde, me fez amadurecer. Tenho gratidão o tempo todo, não posso deixar de agradecer. Eu vivo para poder ajudar o clube. O meu sonho é ver a torcida gritando meu nome, jogar no Maracanã e ver a torcida jogando ao lado.

O lateral-esquerdo vive um caminho semelhante ao de outros atletas da posição. Em 2015, Léo Pelé foi emprestado, retornou e agora está a caminho do São Paulo. Caso parecido com o de Ayrton Lucas, que passou pelo Londrina e voltou sendo titular em 2018. Chegou a vez de Mascarenhas? Um passo de cada vez e pé no chão, como o próprio declara. 

- Primeiro é pensar em se apresentar bem, fazer uma boa pré-temporada. Ter um ano vitorioso com o Fluminense. Quero voltar para brigar por títulos e ver aquele ano vitorioso que a torcida quer. Sei o que é jogar com a camisa do Fluminense, faço tudo por essa camisa. Saber que Ayrton (Lucas) e Léo Pelé viveram situações parecidas dá um ânimo a mais. 

Mascarenhas
Mascarenhas está voltado ao Fluminense (Foto: Mailson Santana/FFC)

Confira outros trechos da entrevista de Matheus Mascarenhas ao LANCE!: 

LANCE!: Por que não foi aproveitado na sua primeira passagem? O que foi conversado contigo?

Mascarenhas: Eu fiquei um pouco chateado por ser emprestado, mas procurei entender e evoluir individualmente. A gente tem que pensar um pouco na situação. Meu coração queria estar no Flu, mas por força maior tive que ser emprestado, procurei dar meu melhor para o Atlético-GO.  

Como foi aquela conversa com o Abel em 2016, quando você foi colocado para marcar o Vinícius Junior? 

- Ele perguntou ''menino, se tivesse que colocar contra o Fla, voce jogaria?''. Disse que estava trabalhando para isso. Ele perguntou se tinha marcado o Vinicius Junior e depois perguntou o placar. Eu disse "4 a 0 eles" e ele reagiu com ''pô, to f** então''. Depois disse que poderia me colocar que ia dar certo e deu. Quando saí (substituído), estávamos vencendo por 2 a 1. 

Você foi dispensado do Atlético-GO antes do termino do Brasileirão, o que houve?

- O diretor teve uma conversa com o grupo disse que o clube abria mão  porque não tinha como subir. Disse que eu e mais sete jogadores estávamos sendo desligados por corte de gasto. Eu fiquei tranquilo, fiz 19 jogos no Atlético-GO, tava muito tranquilo pelo ano que eu tinha feito. 

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