Uma eliminação sempre é doída, mas não necessariamente traduz que tudo em determinado cenário está errado. Este é o caso do Fluminense, que, apesar de ter sido superado pelo Cruzeiro, nos pênaltis, e estar fora da Copa do Brasil, deixou boas impressões e, principalmente, estabilizou que o estilo de jogo, focado nos toques rápidos e valorização da bola, ocorrerá, independentemente do cenário encontrado ou adversário enfrentado.
Esse é o primeiro passo para qualquer equipe se estabilizar com o treinador e, por consequência, alcançar voos maiores. A partida do Fluminense no Mineirão não foi perfeita, mas também não indica que Fernando Diniz deve ser sacado do cargo por conta do resultado negativo. Muito pelo contrário.
Em Belo Horizonte, o Fluminense controlou a maioria das ações da partida no primeiro tempo. Ao seu estilo, buscando aproveitar, com movimentações dos atletas ofensivos e passes rápidos, os espaços deixados pela defesa do Cruzeiro. Em um desses casos, logo aos 10 minutos do primeiro tempo, Dedé derrubou Brenner na área. Paulo Henrique Ganso, de pênalti, marcou.
Mais do que o gol, o Fluminense, diante da pressão da torcida adversária, não se acuou e não permitiu que o Cruzeiro criasse grandes chances nos primeiros 45 minutos. Com o trabalho e energia dos meias, a pressão do Tricolor no setor travou a equipe de Mano Menezes.
No segundo tempo, o Fluminense, naturalmente, cansou e o Cruzeiro se aproveitou de tal cenário. A Raposa foi melhor e, pressionando desde o início da etapa, virou a partida, com dois gols de Thiago Neves. Cabe destacar os dois pênaltis que os mandantes tiveram a seu favor, ambos resultados de faltas bobas dos laterais Gilberto e Caio Henrique dentro da área.
Quando tudo pareceu perdido, Fernando Diniz tirou os dois zagueiros do jogo, colocou a equipe para frente e, de uma forma dramática, foi recompensado: João Pedro, aos 52 minutos, acertou uma bicicleta e empatou a partida. Nos pênaltis, o Tricolor sucumbiu à própria pontaria, perdeu a disputa por 3 a 1 e foi eliminado, mas o cenário não é de terra arrasada - e sim, de um trabalho que pode render mais frutos com continuidade.