Moleques de Xerém, dupla perde espaço no Fluminense para improvisações de Diniz
Treinador vem optando pelas entradas de Guga e Pirani nas ausências de Marcelo e Alexsander
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Um dos maiores pesadelos de Fernando Diniz vem sendo a lateral-esquerda do Fluminense. Contratado no início do ano, Jorge sofreu uma grave lesão no joelho e está entregue ao departamento médico. Anunciado em fevereiro, Marcelo fez apenas nove jogos com a camisa do Tricolor e já desfalcou seu time 11 vezes desde a sua estreia.
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Entre a lesão de Jorge e a chegada de Marcelo, Alexsander se mostrou uma solução temporária no setor, mas teve um rendimento muito maior em sua posição de origem, como um meio-campista. No entanto, o jovem, que conquistou o Sul-Americano Sub-20 com a Seleção Brasileira, não joga há um mês por conta de uma lesão no joelho.
Com diversos desfalques, Fernando Diniz vem olhando pouco a base e buscando criar soluções para o elenco. Moleques de Xerém, Jefté (Sub-20) e Esquerdinha (Sub-17) quase nunca foram utilizados pelo comandante, enquanto o lateral-direito Guga e o meia Gabriel Pirani vem sendo opções com mais tempo de jogo pela ala esquerda. Inscrito na Libertadores de 2021, Jefté nunca foi utilizado na equipe profissional do Fluminense, embora seja peça chave em sua categoria. Na Copinha, ele contribuiu com três assistências; no Brasileirão Sub-20, já anotou dois gols em nove rodadas.
Por outro lado, Esquerdinha ganhou uma oportunidade com Fernando Diniz diante do The Strongest, na Bolívia. O adolescente, de 17 anos, assim como toda a equipe que atuou na altitude de La Paz, com exceção de Fábio, não conseguiu convencer. E em outras sete ocasiões, o jovem esteve no banco de reservas, mas não saltou ao campo de jogo.
Com um problema para "resolver", o Fluminense parece não pensar em sua base e busca a contratação de Diogo Barbosa, que está na reserva do Grêmio e próximo de completar 31 anos. Com isso, os jovens, que representam o futuro do clube, não ganham oportunidade nem para dar um retorno técnico, nem para dar um retorno financeiro.
NEM TODO JOGO É PARA IMPROVISAR
Em sua primeira passagem pelo Tricolor das Laranjeiras, Fernando Diniz teve a oportunidade de trabalhar com Caio Henrique. Revelado pelo Internacional como um volante, o jogador foi utilizado pelo treinador na lateral-esquerda devido ao elenco curto e sem muitas opções convincentes na época. E a aposta deu muito certo.
Atualmente, Caio Henrique é titular do Monaco e é considerado por parte da opinião pública como um dos melhores jogadores brasileiros em seu setor. E o atleta deve ser muito grato ao treinador do Fluminense por conta do giro que deu em sua carreira. Mas talvez seja uma exceção a regra.
Em 2022, Fernando Diniz via em Caio Paulista seu titular na lateral-esquerda. Embora estivesse sendo usado pelo lado do campo, o jogador é um ponta origem. Criticado por grande parte da torcida por conta da falta de cacoete defensivo, Caio optou pela transferência para o São Paulo em 2023.
Contra o Goiás, Diniz não contava com Samuel Xavier, suspenso pelo excesso de cartões amarelos. Guga atuou em sua posição de origem, como lateral-direito, enquanto Gabriel Pirani foi improvisado no outro lado. Com Esquerdinha no banco de reservas, o técnico optou pela entrada de Alexandre de Jesus na segunda etapa, fato muito criticado pelos torcedores nas redes sociais.
E as dúvidas persistem. Por que não utilizar Jefté? Por que não utilizar Esquerdinha? Se não houvesse alguém para apostar em Marcelo como titular do Fluminense aos 17 anos em 2005, o que poderia ter sido do multicampeão com o Real Madrid? Questionamentos que apenas Fernando Diniz é capaz de responder.
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