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Atrasos salariais e desconforto com a diretoria: os motivos da ‘greve’ no Flu

Decisão dos atletas foi revelada pelo diretor de futebol Paulo Angioni. Paralisação foi anunciado em protesto aos atrasos salariais vividos pelo Tricolor

Fluminense
imagem cameraFluminense não treinou nesta terça-feira por salários atrasados (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ) 
Dia 20/02/2019
02:13
Atualizado em 20/02/2019
06:00

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Paralisação no Fluminense. Com o dilema de atrasos salariais, os atletas decidiram, na última terça-feira, não treinar em forma de protesto. A decisão foi comunicada aos diretores e coube ao diretor de futebol, Paulo Angioni, se pronunciar sobre o caso. Entretanto, não foi apenas esta a questão financeira que gerou desconforto interno no elenco: decisões no futebol e investimentos com os débitos em aberto também contribuíram. 

O principal motivo da greve, como dito pelo próprio Angioni, foram os atrasos salariais. No total, o clube deve o 13º salários, as férias de 2018, o mês de janeiro, três meses de direitos de imagem e duas premiações. O valor é alto, mas não foi a questão chave do protesto. A falta de previsão para uma solução foi o que afetou. 

O 'NetFlu' divulgou inicialmente, e o LANCE! confirmou, que a diretoria prometeu pagar os atrasos de dezembro e parte do que ainda estava em aberto mediante a entrada de recursos. Apesar da relação dos atletas com Pedro Abad não ser ruim, o não-pagamento - também motivado pelas penhoras - gerou insatisfação. 

Outro ponto que levantou questionamentos foram as contratações realizadas pelo Fluminense nesta janela de transferência. Não pela chegada dos reforços, mas pela diretoria planejar realizar um alto investimento tendo dívidas em aberto. Não há clima ruim dentro do elenco, mas há o questionamento sobre essa questão - principalmente após as chegadas de Paulo Henrique Ganso e Allan. 

É importante lembrar também que, apesar de tudo, o grupo continua ao lado de Fernando Diniz - contrariando uma suposta crise de liderança no elenco. Os atletas conversavam com o treinador antes de anunciarem a greve aos dirigentes. O mesmo ficou ciente e entendeu a situação. 

A tendência é que os jogadores voltem a treinar normalmente nesta quarta-feira. Sobre possíveis soluções, Angioni revelou que ainda não há prazo para a regularização dos vencimentos, já que a questão envolve atletas e funcionários. O Fluminense volta a campo nesta sexta-feira, contra o Bangu, no Maracanã, pela Taça Rio. 

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