Mudanças sacrificam Ganso e meia sofre para se readaptar ao Flu
Estilo de jogo anterior foi montado e moldado muito em função das característica do meia. Com a queda de produção, torcida vem pegando no pé do camisa 10
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Assim como o Fluminense, Paulo Henrique Ganso também não vive um bom momento na temporada. Bastante festejado em sua chegada ao clube e um dos grandes destaques do time comandado pelo técnico Fernando Diniz, o meia foi o escolhido pelo torcedor para ilustrar a má fase do Tricolor em campo. Curiosamente, o litígio com a torcida, que o vaiou nos últimos dois jogos, começou justamente após a demissão do antigo treinador.
Apesar do pouco tempo sob o comando de Oswaldo de Oliveira, o Fluminense já mudou a maneira de jogar. Com Diniz, o Tricolor atacava em blocos, priorizando a posse de bola e a paciência para achar os espaços. O atual é mais vertical, busca mais a bola longa e tenta concluir as jogadas com mais velocidade. A mudança afetou diretamente o futebol de Ganso, que estava totalmente adaptado ao estilo do antecessor. Na verdade, o meia era uma espécie de personificação da própria filosofia do jogo dentro de campo, justamente por ser um jogador mais cadenciado.
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Ao compararmos os números de Ganso contra CSA e Avaí, que foram jogos com características parecidas, a diferença é bem latente. No último jogo de Diniz, o meia acertou um lançamento, deu 82 passes (seis errados) chutou cinco vezes (em quatro errou o gol), fez um desarme e deu seis assistências para finalizações de companheiros. Já na última segunda-feira, errou um lançamento, deu 71 passes (cinco errados) e deu dois chutes para fora. Os dados foram coletados do site FootStats.
Um outro aspecto que deve ser levado em consideração na queda de rendimentos foi a ausência de Daniel ao seu lado no meio-campo. O "motorzinho", foi barrado para a entrada de Nenê, que possui características mais ofensivas. Com isso, Ganso ficou sobrecarregado na marcação, atuando como uma espécie de segundo volante. O mapa de calor mostra que o jogador esteve menos no campo de ataque, tendo que perseguir mais o adversário.
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Apesar do momento ruim dentro de campo e com as críticas dos torcedores, Ganso é um dos líderes do elenco, tratado por todas como o grande craque do time. O goleiro Muriel saiu em defesa do companheiro, afirmando que não falta empenho por parte do meia.
- A gente fica chateado pelo companheiro, mas a torcida só cobra quem tem potencial e o Ganso é um dos melhores jogadores do Brasil. É um craque e todos sabem da história dele. A gente vê no dia a dia ele treinando, se dedicando e tem todo o nosso apoio.
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