Nenê critica eventual retorno do Carioca: ‘As vidas importam mais’
Jogador do Fluminense elogiou o trabalho virtual feito pelo clube durante o período de isolamento, mas mostrou indignação com possível volta do futebol no Rio de Janeiro
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Destaque do Fluminense na atual temporada, o meia Nenê mostrou estar alinhado com a posição contrária do clube a um retorno do futebol carioca no curto prazo. Em uma transmissão da FluTV, neste domingo, o jogador criticou a possibilidade da realização de jogos da competição ainda esta semana, levantada em reunião informal da Ferj, sem a participação do Tricolor.
– Na minha opinião, é um absurdo já ter jogo essa semana. Outros estados que estão em situação melhor não vão fazer jogos esse mês. Claro que quero jogar, todos nós queremos, mas a nossa vida é muito mais importante. Nem fizemos os testes ainda e nao teremos ainda os resultados nos dias que estão querendo marcar jogo. Coloco aqui a minha indignação – disse o camisa 77.
Nenê também elogiou o trabalho realizado à distância pela comissão técnica e o comprometimento do grupo.
– O comprometimento que todos tiveram foi sensacional. Dificilmente vi em outros lugares. Foi tudo pensado da melhor maneira possível para estarmos bem física, técnica e mentalmente no nosso retorno. É incrível a transparência que o clube tem. Todos falam a mesma língua. No inicio parecia que treinar sozinho seria chato, mas ver cada um na sua casa nos motivava. Estou até mais forte do que antes. Teve muito treino de força, uma parte que não tínhamos tanto tempo antes. Sinto, sem fazer os testes, que já tivemos uma melhora muito grande – completou.
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Hudson prega cautela
O meia Hudson também participou da transmissão promovida pelo clube para apresentar os trabalhos feitos desde o início da paralisação. Na mesma linha de Nenê também elogiou o trabalho da comissão técnica e pediu cautela no retorno.
– O trabalho da comissão técnica conseguiu unir tudo para nos motivar. Claro que nada é comparável ao período de jogos e competições. A gestão de pessoas no futebol é um grande desafio. Comandar quase 60 pessoas em uma live é complicado, mas eles conseguiram. Esse contato virtual entre todos nos motivou. O grupo cumpriu à risca o que foi pedido. Estamos ansiosos para voltar, mas precisamos de tempo de campo, de situações de jogo, contato com a bola. Foram poucos atletas que tiveram condições de treinar na grama. Esse período não pode ser curto, tem que ser o período adequado para evitar as lesões e para que o futebol, que é o que mais importa, possa prevalecer – disse Hudson.
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