Pandemia interrompe processo de afirmação de Odair no Fluminense
Antes da suspensão das competições, críticas ao comandante tricolor haviam sido amenizadas pela evolução mostrada pela equipe na vitória sobre o Vasco, no Carioca
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A paralisação do futebol em razão da pandemia do coronavírus interrompeu um trabalho de busca da afirmação de um estilo de jogo do Fluminense com a marca do técnico Odair Hellmann. É o que pensa o comandante tricolor, contratado em dezembro do ano passado, que falou sobre o tema em entrevista ao programa "Troca de Passes" do canal "Sportv", exibido na última sexta-feira.
– Só é possível conhecer o atleta a fundo com a convivência diária. Com isso, você pensa em um time para pôr em prática alguma ideia, de acordo com as características dos jogadores. O tempo também fiz quando o estilo de jogo de um jogador não se encaixa coletivamente, que ajustes precisam ser feitos e como o time se porta de acordo com a diferença do nível de dificuldade dos adversários. Eu tive apenas dois meses. O grupo mudou bastante em relação ao ano passado. Estávamos em um momento de afirmação de uma ideia de jogo e essa parada prejudica bastante – disse Odair.
Em pouco mais de dois meses de trabalho, Odair já vinha sofrendo questionamentos de parte da torcida por alguns resultados negativos à frente do Tricolor. Antes da pausa, o Fluminense havia sido derrotado no jogo de ida contra o Figueirense, por 1 a 0, pela terceira fase da Copa do Brasil. A vitória, por 2 a 0, no clássico contra o Vasco, na partida seguinte, pelo Carioca, no entanto, acalmou os ânimos.
Outro fator que gerou desconfiança foi a eliminação na primeira fase da Copa Sul-Americana, em fevereiro, com dois empates como modesto Unión La Calera-CHI. A cautela excessiva de Odair foi o principal alvo das queixas dos tricolores, junto com as variações de posicionamento, sempre defendidas pelo treinador.
A vitória sobre o Cruz-Maltino, no Maracanã de portões fechados, poderia marcar o início de uma evolução da equipe, com a confiança turbinada pelo fim de um jejum que existia desde abril de 2017. Odair destacou a mistura entre juventude e experiência que começava a dar liga.
– Perdemos jogadores importantes no início do ano, mas conseguimos contratar bons jogadores, com criatividade, dentro da realidade financeira do clube. Conseguimos mesclar jogadores mais experientes com os jovens. O Fluminense tem uma base muito forte, em Xerém. O único ponto positivo é que na volta, reinicio o trabalho conhecendo um pouco mais desses jogadores – completou Odair.
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Respaldo do presidente
Antes que as competições fossem suspensas, o presidente Mário Bittencourt chegou a conceder entrevista coletiva em que fez questão de reforçar o apoio ao treinador Odair Hellmann e a garantia da permanência dele no cargo, independente de qual fosse o resultado do jogo de volta contra o Figueirense.
– Não existe a menor hipótese de Odair sair. Mesmo que a gente não passe dessa fase da Copa do Brasil ele segue como treinador do Fluminense. Ele não está pressionado e nunca esteve – afirmou o mandatário, no dia 13 de março.
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