A poucos dias da final da Libertadores, o Fluminense ainda tem dúvidas sobre como entrará em campo para enfrentar o Boca Juniors (Argentina). Isso porque o técnico Fernando Diniz pode escalar o time em dois sistemas táticos diferentes, com mudanças na escalação e propostas diferentes.
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A primeira opção seria o 4-3-3, sistema mais utilizado durante a primeira metade da temporada, com André, Alexsander e Ganso no meio-campo, e o trio Keno, Arias e Cano no ataque. Foi com a segunda alternativa, no entanto, que o Tricolor eliminou Olimpia (Paraguai) e Internacional, na busca pela "Glória Eterna": colocando John Kennedy entre os titulares e deixando apenas André e Ganso no meio, formando assim um 4-2-4.
Nesse dilema, um fator pode ser decisivo na escolha do técnico: as movimentações ofensivas do adversário. Embora o Boca atue em um 4-4-2 de origem, o meia Valentin Barco, destaque da equipe, deixa o corredor esquerdo e passa a ocupar o meio-campo quando o time argentino tem a posse de bola. A ideia é sobrecarregar a marcação rival, buscando os espaços vazios atrás dos volantes do adversário.
Assim, um meio-campo mais protegido, com três jogadores posicionados para tirar o espaço que o jovem costuma atuar, pode fazer a diferença para a conquista do título. De forma mais prática, André poderia acompanhar Barco por todo o campo, em marcação individual, enquanto Alexsander protege o setor em marcação por zona.
A outra alternativa, com quatro atacantes, abriria espaço para a entrada de John Kennedy entre os titulares, fazendo dupla com Cano no centro do ataque. O jogador acrescentaria velocidade e aumentaria as opções no sistema "aposicional" de DIniz, em que os jogadores têm total liberdade de movimentação para se aproximar da bola e gerar opções de passe.
Desde que o camisa 9 se tornou titular da equipe, no duelo contra o Olimpia, marcou dois gols e deu uma assistência em nove jogos, além de se destacar com boas atuações.
Neste cenário, porém, o meio-campo do Fluminense ficaria em inferioridade numérica e, por consequência, mais exposto. André, o único volante da equipe, também sairia prejudicando neste cenário, já que seu parceiro no setor, Paulo Henrique Ganso, não tem a intensidade na marcação como uma das suas principais características.
Se Diniz é conhecido como um treinador que não costuma adaptar o seu time ao adversário, o técnico provavelmente precisará rever as suas convicções para conquistar o inédito título da Libertadores para o Fluminense.
O Lance! está ao lado do Fluminense na final da Copa Libertadores. Aqui, você acompanha a cobertura mais completa do Tricolor na decisão do torneio continental. #LanceComOFlu.