Reforços em caso de crise, projeto otimista e pré-Libertadores: como o Fluminense chega ao Brasileirão
Elenco, comissão técnica e diretoria apostam em qualidade do elenco e mescla com jogadores jovens pela volta à competição continental após cinco anos
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Sem disputar a Libertadores desde 2013, o Fluminense tem como principal foco voltar à competição nesta temporada. Mesmo com dificuldades financeiras e limitações, o elenco, a comissão técnica e a diretoria do Tricolor se mostram confiantes de que o Flu poderá brigar pela parte de cima da tabela. Pela entrevista concedida pelo presidente Mário Bittencourt no CT Carlos Castilho foi possível perceber que o clube das Laranjeiras projeta a possibilidade de mais dois ou três reforços, podendo contratar outros caso os planos não se concretizem e a equipe acabe lutando contra o rebaixamento.
A ideia mais otimista de que o Tricolor ficará na metade de cima da tabela foi mostrada inclusive no orçamento aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo para 2020. O documento já contou com o prejuízo da queda precoce na primeira fase da Copa Sul-Americana. No entanto, somando-se ao vice-campeonato Carioca, o Flu projeta pelo menos o 10º lugar no Campeonato Brasileiro e as quartas de final da Copa do Brasil.
- Por isso falo em pré-Libertadores nesse Brasileiro. Acredito que o Fluminense possa ir mais longe, nosso time é bom, mas em um campeonato mais longo temos dificuldade de reposição e ter 30 jogadores. Não estou falando de qualidade, mas de maturidade. Quando renovamos um jogador que já está aqui não precisamos pagar um de fora. Em um clube que precisa ser austero vamos sempre priorizar estender o contrato de quem já está aqui. No orçamento aprovamos gastar x milhões de reais. Hoje estamos bem abaixo. Isso significa que agora posso fazer mais duas ou três contratações. Deixamos no orçamento uma projeção para se estivermos mal no campeonato poder fazer um investimento de emergência de quatro ou cinco jogadores para não brigar contra o rebaixamento - analisou Mário.
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O motivo da projeção boa se dá porque a diretoria acredita ter construído um elenco equilibrado na mescla entre os mais experientes e os mais jovens. No entanto, todos os envolvidos ressaltam que o grupo não é tão vasto quando o de outras equipes que vão brigar por título. Portanto, as poucas opções podem complicar a vida de Odair Hellmann no futuro, especialmente levando em consideração as várias lesões que os atletas têm sofrido desde o retorno da paralisação.
Atualmente, contando com atletas que estão na transição entre o sub-23 e o profissional, além de outros da base que treinam com o elenco, o Fluminense tem média de idade de cerca de 24 anos. São oito jogadores acima dos 30 anos, além de 13 entre 24 e 30 e outros 20 abaixo dos 24 anos. O equilíbrio será fundamental para que Odair tenha o máximo de atletas disponíveis.
Por último, o Fluminense estreia no Campeonato Brasileiro com a mesma ideia de jogo que vinha tendo nas finais do Carioca e nos amistosos contra o Botafogo. Sem Hudson, Matheus Ferraz e Digão, além da saída de Gilberto, o treinador mudará os jogadores sem alterar o esquema. Yuri ganhará a oportunidade na equipe titular, assim como Luccas Claro e Igor Julião. O primeiro desafio é neste domingo, às 19h, contra o Grêmio.
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