Roger destaca importância de reservas e elogia profissionalismo de Ganso no Fluminense
Treinador analisou vitória diante do Madureira e falou sobre como vê Abel Hernández e Raúl Bobadilla atuando no ataque do Tricolor
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A vitória do Fluminense por 4 a 1 sobre o Madureira, na manhã deste domingo, definiu as semifinais do Campeonato Carioca. Em segundo lugar, o Tricolor enfrenta a Portuguesa com a vantagem do empate. Caso tivesse tropeçado, o adversário seria o Flamengo. Após a partida, o técnico Roger Machado falou sobre a importância de garantir a melhor classificação possível e comentou os testes feitos na equipe. O Flu entrou em campo com o time praticamente todo reserva, com exceção do goleiro Marcos Felipe.
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- O objetivo da vitória hoje não era fugir do clássico, mas ter a vantagem do empate. Claro que era importante ter a tranquilidade de saber que teremos jogos fortes, mas estamos focados na Libertadores. Isso divide as atenções. As experiências hoje nos dão a confiança que esses jogadores têm a característica de se adaptar a novas funções. Eles se desdobram dentro de campo. O nível de treino já aumentou muito, a competitividade também. O ano é duro. O jogador não é reserva, só está como suplente. Ainda mais neste momento de pandemia, com a possibilidade de testar positivo, tem que ter todo mundo à disposição e bem treinado - disse o treinador.
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Falando em reservas, foram os jogadores que saíram do banco que mudaram o rumo do jogo, marcado pela lentidão e falta de entrosamento no primeiro tempo. Um deles foi o meia Paulo Henrique Ganso. O jogador deu uma assistência e marcou um gol, mas foi barrado da lista de relacionados para a estreia na Libertadores, na última quinta-feira, diante do River Plate (ARG). Roger elogiou o jogador e justificou a ausência.
- Tenho que elogiar o profissionalismo do Paulo desde o primeiro momento. Quando cheguei, ele relatou que gostaria de ter mais tempo em campo, diferente do ano anterior. Na conversa eu falei que essa função que ele atua, para mim, deve funcionar mais como um meia atacante do que como um meia articulador necessariamente. Esse jogador, quando não está no processo de articulação, que eu não vejo como função exclusiva do camisa 10 fazer isto, que ele esteja próximo ou dentro da área. O Paulo tem cumprido muito bem.
- Gostaria de colocar todos os jogadores no banco à disposição para poder escolher o melhor. Infelizmente não posso. A composição de um banco de reservas é feita cada vez mais com especialistas em suas funções. Para determinados compromissos vou ter que deixar alguns atletas importantes fora. Mas o jogador dentro de campo cava seu espaço, como hoje o Ganso fez o gol e ajudou. Fiquei feliz com ele. O grupo é forte, queremos que todos estejam preparados para jogar - completou.
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Outro que recebeu elogios foi Gabriel Teixeira. O garoto foi a primeira substituição feita e acabou sendo decisivo para dar mais volume ao ataque do Fluminense. No fim, ele ainda deixou o gol dele com um chutaço para concluir os 4 a 1. O jovem, cria de Xerém, foi bastante elogiado por Roger.
- Nos primeiros jogos com o Sub-23 me chamou muita atenção, sobretudo a personalidade, o tipo de jogo e o comprometimento com a defesa e o ataque. A leitura tática defensiva, sem abrir mão da característica de jogo, foi muito marcante naquelas duas partidas iniciais. Imediatamente pedi que fizesse parte do processo. Ele estava ansioso, entrou em todos os jogos participando bem, finaliza bem com as duas pernas e não estava tendo sorte. Todos os jogadores entram e contribuem, mas o atacante quer fazer gol. Na reza eu estava ao lado dele e falei que passou a ansiedade para fazer o gol, agora a bola vai entrar mais. É uma grande revelação, tem bastante a evoluir, mas tem potencial.
Por fim, o treinador do Fluminense falou também sobre a dupla de ataque Abel Hernández e Raúl Bobadilla. Os dois marcaram gols na partida deste domingo e fazem parte do pacotão de reforços contratados visando principalmente a Libertadores. Roger elogiou os dois, admitiu que faltou entrosamento, mas explicou como vê cada um atuando em seu esquema.
-São jogadores com características diferentes. O Raúl (Bobadilla) é um centroavante, mas também tem mobilidade para jogar como segundo atacante, algo que perdemos no Brasil, imaginando que sempre precisa de um meia por trás do centroavante para municiar os jogadores. O que propus hoje foi jogar com um meia ponta, com dois jogadores próximos da área e um deles procurando os espaços. Sobretudo em posse de bola que pudéssemos colocar o Cazares o mais rápido possível dentro do campo e formar um meia com dois atacantes para municiá-los - explicou.
- Os poucos espaços restringiram nossas ações. De uma maneira geral acho que funcionou bem. No segundo tempo houve os ajustes e conseguimos fluir mais. Foi uma boa estreia. Quando eu chego faço uma entrevista com os jogadores para determinar os esquemas que podemos jogar. Foi mais uma forma diferente de atuar que trabalhamos em dois ou três coletivos e funcionou - finalizou.
Na próxima quarta-feira, o Flu seguirá o desafio da Libertadores, desta vez na altitude de Bogotá, na Colômbia, 2.640m acima do nível do mar. O adversário será o Independiente Santa Fe, às 21h. A semifinal do Estadual será no fim de semana.
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