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Roger exalta evolução de garotos do Fluminense, lamenta desgaste antes da final e desconversa sobre Miguel

Treinador terá jogo da Libertadores nos meios de semana antes de partidas de ida e volta pela decisão do Carioca, diante do Flamengo

Fluminense x Portuguesa
Roger Machado durante a vitória do Fluminense no Maracanã (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

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A volta do Fluminense à final do Campeonato Carioca contou com a decisão de Xerém. Depois de um primeiro tempo complicado, Kayky entrou no intervalo e mudou a figura da partida, vencida por 3 a 1 pelo Tricolor diante da Portuguesa, neste domingo, no Maracanã. Após a partida, o técnico Roger Machado exaltou a personalidade dos garotos em momentos decisivos. O Flu foi com um time misto e teve os gols, além da joia, de Gabriel Teixeira e Yago Felipe para chegar à decisão.

> ATUAÇÕES: Crias de Xerém se destacam na vitória do Fluminense sobre a Portuguesa, no Carioca



- Acho que o ambiente construído internamente com a mescla de jovens e dos mais experientes é a alquimia certa. Vi o Fred falando que em determinado momento a alegria e a boa irresponsabilidade desses jogadores faz com que sejam imprevisíveis quando entram em campo. Quando peço para tocar eles vão para cima. É uma combinação de fatores e eu fico toda hora no ouvido deles quando fazem as coisas certas elogiando e quando tem equívoco reposicionando. Faz parte do processo de evolução - avaliou.

- Quando voltar a torcida eles terão esse peso, que apoiam mas também pressionam quando não fazem a coisa certa. Eles vão precisar ter esse amadurecimento, mas quando o momento chegar poderão enfrentar os torcedores adversários que vão se impor. É uma geração diferente das anteriores. Precisamos saber lidar e nos adaptar. Saber que a evolução não vai acontecer plenamente de um momento para outro. Que vão ter altos e baixos, mas é uma quantidade de evolução que acho não ter retorno - completou.

Veja a tabela do Campeonato Carioca

Falando em garotos, o Fluminense foi surpreendido nos últimos dias com um pedido de rescisão de contrato na Justiça pelo meia Miguel, que é criado em Xerém. O jogador não vinha sendo aproveitado e a situação gerou insatisfação com seu pai, que também é empresário. Roger preferiu não se envolver no assunto.

- Como é uma ação administrativa foge da minha alçada comentar um assunto que não é do campo. O que posso dizer é que existem outros meninos na base que estão há bastante tempo esperando oportunidade. Para a vaga do jogador que saiu nós vamos buscar outro atleta em Xerém para suprir essa ausência que é sentida. Contamos com todos, o Miguel sempre esteve no planejamento. Mas não quero comentar um assunto que já não é mais técnico - disse o treinador.

Agora, o Fluminense reedita a temporada passada e fará duas partidas contra o Flamengo, que eliminou o Volta Redonda, para definir quem ficará com o título do Estadual. O primeiro clássico será já no próximo fim de semana. Antes disso, na quarta-feira, o Tricolor volta o foco para a Libertadores e receberá o Independiente Santa Fe no Maracanã, às 21h, pela quarta rodada da fase de grupos. O rival também entra em campo pela competição continental, o que aumenta o desgaste e deve fazer com que os reservas ganhem novas chances.

- A perda é um fato inegável. Não dá para recuperar plenamente o jogador do ponto de vista físico e tampouco emocional. Temos uma amostra das avaliações físicas e de intensidade do Estadual e para a Libertadores se aumenta, em média, 30% de todos os estímulos de alta intensidade, pois é um jogo de outra rotação. Os dois jogos da semifinal foram no mesmo nível de intensidade da Libertadores. Agora imagina o jogo do meio de semana e depois a final do Estadual - comentou Roger.

- É um desgaste, por isso tentamos rodar o elenco. Tentei levar os titulares, Yago e Martinelli, até onde deu para que eles pudessem se recuperar bem, Nene e Fred estavam no banco, mas não utilizei. Coloquei um dos zagueiros só, o Nino que é mais jovem e tem recuperação acelerada. Tudo isso visa ter um time equilibrado na recuperação, mas não vai haver. Estamos acostumados. No ano passado, trabalhando no Nordeste pelo Bahia fizemos 12 jogos em 14 dias. Em nenhum outro lugar do mundo isso aconteceu. Estamos entrando para uma perna bem pesada, mas enfrentaremos - concluiu.

Com história no Fluminense como jogador, Roger tem agora a oportunidade de colocar seu nome na galeria do Tricolor também como treinador. O clube tenta voltar a vencer o Estadual, que não acontece desde 2012 e é o grande que há mais tempo não conquista o troféu.

- Acabei de agradecer aos atletas por permitir que eu realizasse um sonho pessoal e profissional. Depois de ter sido atleta do clube, voltar a disputar uma final de Estadual como treinador é gratificante. Chego motivado e realizado, mais do que isso é o título. Estou revigorado com um grupo que me acolheu muito bem e nos trouxe a este momento da competição fortes. A avaliação do trabalho é positiva, não só pelos resultados, mas porque faço parte de um clube especial que trabalha muito a seriedade pelo bem do Fluminense. Fico feliz de fazer parte desse projeto. Fiz história aqui e continuo construindo.

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