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Jair Ventura, Fernando Diniz e Roger Machado: L! analisa as opções do Flu

Nomes foram cogitados pela diretoria para assumir o comando da equipe; Jair é o mais visado atualmente pelo clube

Montagem Treinadores
imagem cameraJair Ventura, Fernando Diniz e Roger podem aparecer no Fluminense (Foto: Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/12/2018
16:31
Atualizado em 11/12/2018
06:00

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Depois da demissão de Marcelo Oliveira e do término do Campeonato Brasileiro, o Fluminense continua se movendo para estabelecer algumas definições para 2019. O nome do próximo treinador é o primeiro ponto trabalhado e a diretoria tem dois nomes em pauta neste momento: Roger Machado e Jair Ventura. Fernando Diniz também foi uma das alternativas levantadas para o cargo. Comandante do sub-20, o ex-goleiro Leo Percovich não foi descartado.

Com as alternativas apresentadas, o LANCE! analisa os planos do Flu para a próxima temporada e os altos e baixos dos treinadores. O único fator em comum é o fator idade no futebol. Nenhum dos nomes levantados é um medalhão na profissão e, portanto, tem custos um pouco mais baixos.

- Roger Machado

Roger Machado foi demitido do Palmeiras neste ano justamente após a derrota contra o Fluminense no Brasileiro. Ele é o favorito internamente, porém, ainda é considerado mais caro do que a diretoria gostaria. O presidente Pedro Abad queria Roger já em 2016, quando foi eleito. O treinador também tem propostas do exterior, o que dificulta a contratação.

"Na frieza dos números, o trabalho de Roger Machado no Palmeiras foi muito bom: 68,1% de aproveitamento, com 27 vitórias, nove empates e só oito derrotas. Na Libertadores, acumulou cinco vitórias e um empate e terminou a fase de grupos com a maior pontuação entre todos os classificados. O Verdão era ainda a equipe brasileira que mais vencia como visitante somando todas as competições.

O time de Roger se caracterizava pela forte marcação na saída de bola do adversário e pela rapidez com que chegava à área após retomar a posse. O maior beneficiado por isso foi o atacante Miguel Borja, que viveu a sua melhor fase no clube sob o comando do gaúcho. Roger sempre salientava que a arma principal do colombiano era a "diagonal curta" e que a equipe estava condicionada a acioná-lo desta maneira.

O trabalho começou a ruir na final do Campeonato Paulista de 2018. O Palmeiras confirmou a fama de visitante indigesto e venceu o Corinthians em Itaquera no jogo de ida, mas perdeu em casa na partida de volta e acabou sendo vice-campeão nos pênaltis. A instabilidade tomou conta do time, que não conseguiu deslanchar nas 15 primeiras rodadas do Brasileirão, sobretudo por desperdiçar pontos em casa e contra adversários da parte baixa da tabela.

Depois que Felipão assumiu e fez o Verdão brilhar usando um time A e um time B, a gestão de elenco de Roger passou a ser criticada por parte da torcida e até internamente. Creem que ele não soube lidar com uma quantidade grande de bons jogadores."


Fellipe Lucena, repórter do L!

- Jair Ventura

Principal nome neste momento, o treinador foi demitido do Corinthians após o fim do campeonato. Ele acabou demitido do Corinthians após um trabalho ruim para dar lugar a Fabio Carille, e teve um aproveitamento de 31,6%. No Botafogo, a primeira equipe que comandou, Jair teve seu melhor aproveitamento. Foram 95 jogos, com 43 vitórias, 21 empates e 31 derrotas , obtendo de 52,6% dos pontos. No Santos, ele acumulou 14 vitórias, dez empates e 15 derrotas, com um aproveitamento de 44,4%.

"Jair Ventura foi contratado pelo Corinthians em setembro e assinou até o fim de 2019. No entanto, foi demitido após o Brasileirão por conta dos resultados ruins. Ele comandou o Timão em 19 jogos, sendo quatro vitórias, seis empates e oito derrotas.

Jair assumiu antes da semifinal da Copa do Brasil e conseguiu fazer o Corinthians passar pelo Flamengo e avançar à decisão. Na final, perdeu para o Cruzeiro e ficou com o vice-campeonato. No Brasileirão, a equipe chegou a correr risco de rebaixamento, mas terminou na 13ª colocação, com apenas 44 pontos, e ainda ficou com uma vaga na Sul-Americana.

A diretoria admitiu que o trabalho de Jair foi decepcionante. Já o treinador, em sua última entrevista coletiva, falou que "fez o possível" e lembrou das perdas de jogadores e de membros da comissão técnica alvinegra durante a temporada"


Guilherme Amaro, setorista do Corinthians.

Jair Ventura
Jair pode aparecer no Flu (Foto: Pedro H. Tesch/Agência Eleven)

- Fernando Diniz

Nome ainda com maior resistência dentro do Fluminense, Fernando Diniz apareceu no Atlético-PR com uma proposta revolucionária no modo de se jogar futebol. No entanto, o modelo acabou não vingando e o Furacão até brigou contra o rebaixamento na primeira parte do ano.

"O Fernando Diniz é um técnico marcado por uma ideia de futebol ofensivo. O time dele tem movimentos muito peculiares, como por exemplo a participação dos goleiros participando muito das partidas com os pés e de um jogo baseado na posse de bola e na movimentação dos atletas. O sistema resulta em um protagonismo absoluto do treinador. Quando as coisas vão bem e os resultados aparecem, o treinador é exaltado. É tratado como um gênio. Mas quando as vitórias desaparecem, a responsabilidade recai toda no treinador.

Esse fenômeno foi a marca do Diniz no Atlético-PR. Em abril, quando o time venceu o Newell`s Old Boys por 3 a 0 e a Chapecoense por 5 a 1, o comandante era um diferencial no futebol brasileiro. Mas em maio, quando a equipe obteve apenas uma vitória, ele passou a ser muito cobrado por torcedores e imprensa.

Além da questão da ideia e do modelo de jogo utilizado por Diniz, um outro ponto chama bastante a atenção: a forma como ele cobra jogadores. O treinador é bastante explosivo na beira do campo e exige bastante nos treinamentos. Tanto no Paraná Clube quanto no Atlético-PR, o comandante teve que explicar em algumas entrevistas coletivas a relação dele com os atletas."


Daniel Piva, repórter parceiro do LANCE!

- Leo Percovich

Sem dinheiro para fazer grandes contratações, o Fluminense pode apostar em uma solução caseira para resolver de vez o problema no comando técnico do clube. Dirigentes da cúpula tricolor consideram o nome de Léo Percovich, de 50 anos. Ele, porém, ainda encontra resistência. 

Depois de se recuperar do grave acidente de carro no fim de 2017, em que suas duas filhas morreram, Percovich assumiu a responsabilidade de comandar a renovação da equipe sub-20 do Flu. A equipe foi semifinalista do Campeonato Carioca e do Brasileirão Sub-20, além de ter sido vice no torneio OPG contra o Flamengo.

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