Samuel Xavier, Rafael Ribeiro e Wellington: conheça os novos reforços do Fluminense para 2021
Jogadores devem ser apresentados já nesta semana e são os três primeiros contratados do Tricolor para a disputa da Libertadores, Brasileirão, Copa do Brasil e Carioca
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O Fluminense não deve fazer grandes mudanças no elenco para a próxima temporada, mas já garantiu três novos nomes para o elenco de Roger Machado. São eles o lateral-direito Samuel Xavier, ex-Ceará, e o volante Wellington, ex-Atlhetico-PR, ambos chegando de graça por dois anos, e o zagueiro Rafael Ribeiro, emprestado pelo Náutico até dezembro. Mas o que esperar dos atletas? O LANCE! traçou um perfil dos nomes escolhidos pelo departamento de futebol.
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Vale destacar que Samuel Xavier concorre com Calegari, atual titular da posição, e Igor Julião. Daniel Lima, de Xerém, também entra na briga. Já Rafael Ribeiro disputará posição com Luccas Claro, Nino, Matheus Ferraz e Frazan. Na base o clube ainda tem Luan Freitas. No caso de Wellington, ele terá como atuais concorrentes Martinelli, Yuri e Yago Felipe. Hudson ainda não está descartado, mas um retorno ficou mais difícil. Metinho, cria do Flu, também está no elenco.
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Os nomes não foram unanimidade na torcida do Fluminense. Samuel Xavier foi o melhor recebido, mas chega para uma posição onde Calegari se destacou e foi uma das revelações do Brasileirão. O Tricolor ainda deve ir atrás de nomes para o setor ofensivo antes de fechar o grupo que disputa quatro competições: Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão. Veja a seguir as análises dos atletas que devem ser apresentados nesta semana.
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SAMUEL XAVIER
O lateral-direito de 30 anos assinou um contrato válido por duas temporadas. Nascido em São Paulo, Samuel Xavier começou a carreira no Paulista, passou por Guarani, São Caetano, antes de chegar ao Ceará pela primeira vez. Depois de se destacar, chamou a atenção do Sport, passou ainda por Atlético-MG e desembarcou novamente em Fortaleza para atuar no Vozão.
Embora não seja jovem, Samuel é incisivo, consistente e chega para disputar a vaga como titular. Marcado por ser um jogador com qualidades ofensivas, ele pode auxiliar tanto na chegada pelas pontas quanto na construção das jogadas por dentro, sendo uma boa alternativa no ataque. No entanto, pesa contra a dificuldade defensiva mostrada ao longo da carreira, necessitando de um esquema defensivo mais equilibrado e maior cobertura dos volantes, como aconteceu em 2020 com Guto Ferreira. Além disso, há também a grande quantidade de cartões recebidos, que pode tirá-lo de confrontos por suspensão.
O atleta deixará saudades no Ceará, apesar de ter saído de forma conturbada. Foram 217 jogos disputados, o que faz de Samuel o lateral que mais jogou desde 2008, sendo 210 como titular. Foram 10 gols marcados e 24 assistências. Ele é considerado um dos grandes laterais da história recente.
Dando uma volta pela carreira, o jogador ficou quase três temporadas no Sport e foi bem nas duas primeiras, mas caiu de rendimento junto ao restante da equipe em 2017. Neste momento, acabou sendo bastante questionado por conta da fragilidade do sistema defensivo. Em 2018, Samuel foi emprestado ao Atlético-MG, onde praticamente não atuou. Foi na volta ao Ceará em 2018 que o jogador reencontrou seus melhores dias. Na primeira passagem, entre 2014 e 2015, o jogador foi bem e conquistou a titularidade. Foi dele, inclusive, a assistência para o gol do título da Copa do Nordeste de 2015, fato que se repetiu em 2020.
RAFAEL RIBEIRO
O zagueiro de 25 anos e 1,90m chega por empréstimo junto ao Náutico até dezembro deste ano. Ele é natural do Rio de Janeiro, mas é revelado pelo próprio clube pernambucano em 2017, quando tinha 21 anos. Rafael Ribeiro é mais conhecido pela força física do que pela técnica. Longe de ser unanimidade, o atleta chega para compor o elenco no primeiro momento.
Está será sua primeira Série A da carreira e, consequentemente, a estreia na Libertadores. Em 2020, Rafael teve 36 partidas, iniciando todas, e fez dois gols, levou quatro cartões amarelos e um vermelho. Entretanto, ele não era titular absoluto da equipe na Série B, apesar da alta quantidade de partidas. Na reta final, ele acabou sendo importante para a equipe, mas foi contestado ao longo do ano.
Esta última, inclusive, foi a temporada em que ele mais atuou. Nos anos anteriores foram sete jogos em 2017, quando até conseguiu ser titular na reta final do campeonato que culminou na queda à Série C. Em 2018, o jogador não se firmou e fez 16 partidas. O Náutico não conseguiu subir naquele ano. Já no ano seguinte, ele teve sua maior sequência, com seis jogos consecutivos, mas se lesionou e, apesar do acesso à Série B, o zagueiro somou apenas 16 jogos.
WELLINGTON
Aos 30 anos, Wellington é um atleta mais voltado para o jogo defensivo, papel atualmente feito por Martinelli, que jogava mais adiantado na base, mas ficou mais focado em ajudar os zagueiros com Marcão. Yuri e Hudson já fizeram essa função mais vezes ao longo da temporada. Em 2020, o volante teve 38 jogos, sendo 33 como titular, deu uma assistência e 11 passes para finalização. Foram 13 cartões amarelos recebidos e nenhum vermelho. No Athletico, Wellington foi capitão e conquistou a Sul-Americana de 2018, a Copa do Brasil em 2019, a Levian Cup, em 2019, e o Campeonato Paranaense de 2020.
Criado na base do São Paulo, ele teve bons números no profissional, fazendo 41 jogos e um gol em 2011, 28 jogos em 2012 e 61 partidas em 2013. No entanto, em 2014, Wellington foi emprestado ao Internacional, onde teve passagem conturbada. Ele rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e foi pego no antidoping com punição de cinco meses por testar positivo para as substâncias hidroclorotiazida e clorotiazida, classificadas como diuréticos, ou seja, provocam o aumento da quantidade de urina e ajudam a expelir mais rapidamente líquidos e outras substâncias do corpo humano. Quando deixou o Colorado, o jogador criticou a diretoria e afirmou que não foi auxiliado quando mais precisou, além de classificar a condenação como injusta.
Na última vez que esteve no Rio de Janeiro, atuando pelo Vasco em 2017, o jogador voltou a ter sequência de jogos e fez 25 partidas como titular, 30 no total, tendo bom rendimento. No ano seguinte, porém, o atleta chegou a ter problemas extra-campo, estando envolvido em uma polêmica imagem publicada por um grupo de jogadores antes da última rodada da fase de grupos da Libertadores ironizando as vaias da torcida. Assim, deixou o Cruz-Maltino rumo ao Furacão. No total em 2018, foram 51 jogos, sendo 44 como titular, e um gol, o último que marcou na carreira.
Já em 2019, foram 43 partidas, sendo 38 como titular. A saída da equipe paranaense em 2020 se deu por um entrave financeiro e as partes não chegaram a um acordo pela renovação, deixando ele livre desde dezembro.
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