Pronto para 90 minutos, Scarpa diz: ‘Grupo que me sinto mais à vontade’

Camisa 10 do Fluminense, que nunca atuou em São Januário, não se empolga com o ótimo início no Brasileiro e pede elenco com "pés no chão"após vitórias sobre Galo e Santos

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A responsabilidade de uma boa participação do Fluminense no Campeonato Brasileiro passa pelos pés de Gustavo Scarpa. Recuperado de uma lesão que o tirou dos jogos por quase três meses, o meia ainda procura recuperar o ritmo de jogo, mas, no que depender dele, atuará os 90 minutos diante do Vasco, no sábado às 16h, no clássico em São Januário, onde atuará pela primeira vez.

- Vai ser meu primeiro (clássico em São Januário). Nunca joguei em São Januário, nem nas categorias de base. Tem tudo para ser um grande jogo, o Vasco está se acertando, vem de uma vitória no Brasileiro então tem tudo para ser um grande jogo - afirmou Scarpa nesta terça-feira, no CT Pedro Antonio.

Desde que deixou o DM, Scarpa fez três partidas (Santos, Grêmio e Atlético-MG), mas em nenhuma atuou os 90 minutos. O camisa 10 espera um clássico duro diante do Vasco, e não se empolga com as duas vitórias sobre Galo e Peixe, dados como candidatos ao título nacional, no início da competição.

- Esse ano acho que é o grupo que estou me sentindo mais à vontade. Galera muito do bem, é um grupo unido. Mesmo quando a gente perde não tem intriga. Tem conversa mais alta quando perde, o que faz parte. O grupo é bom, jovem, disposto para fazer um belo ano. Mas a gente sabe que o Brasileiro é muito longo, não podemos nos empolgar com duas vitórias. Temos que manter os pés no chão.. Os pontos do primeiro jogo são os mesmos do último. Temos que seguir focados e tentar conquistar o máximo de vitórias possível -afirmou.

A atividade no CT Pedro Antonio nesta terça-feira não indicou a equipe do Flu para o clássico em São Januário. Apenas o aquecimento foi aberto à imprensa. O lateral-direito Lucas participou desta parte, mostrando que a torção sofrida contra o Galo não passou de um susto. Já Wellington Silva não foi visto no gramado. O atacante faz tratamento intensivo para livrar-se de dores no púbis.

Quem ficará fora por vários jogos é o meio-campista Sornoza. O equatoriano fraturou a fíbula da perna esquerda e foi operado na segunda-feira. A cirurgia, realizada com sucesso, frustrou os planos de Scarpa, que já se imaginava atuando ao lado de Sornoza novamente. O camisa 10 lamentou a contusão.

- Momento delicado para o Sornoza, vinha fazendo grandes jogos, mas acontece e estamos aqui para apoiá-lo. O fato dele ser de outro país e ter se adaptado tão rápido nos deixa mais tristes. Vamos trabalhar para quem entrar em seu lugar dê conta do recado para que a gente não sinta tanto a falta dele.

Confira outras respostas de Gustavo Scarpa na coletiva desta terça-feira:

Neste tempo que ficou lesionado, já se imaginava formando o meio-campo ao lado de Sornoza? 
Esse tempo que fiquei fora foi muito bom para analisar os jogos com mais clareza, talvez. Acompanhei o jogo do Sornoza e pensava como seria meu posicionamento. Não que eu voltasse como titular, sabia que teria que buscar o meu espaço, mas criei uma expectativa pelo grande futebol que ele mostrou. Mas quem entrar vai dar conta do recado e terá o nosso apoio.

Como está sua condição física?
- Estou muito bem fisicamente, disse pro Abel que aguentava os 90 minutos contra o Atlético-MG. Espero, aos poucos, recuperar a parte técnica agora. Contra o Atlético-MG já consegui me recuperar bem na questão tática. O que o Abel pediu eu fiz tudo e desempenhei um bom papel. Vou me sentir bem quando as coisas acontecerem naturalmente.

Qual expectativa para disputar um clássico em São Januário? Maracanã seria o palco ideal?
É sempre gratificante fazer parte desses clássicos. O Vasco é mandante, tem São Januário e é um direito deles. Seria ruim se fosse mando do Fluminense e não pudéssemos usar o Maracanã. Eles têm o estádio e não vejo problema nenhum.

Com a lesão de Sornoza no momento que você volta, a cobrança aumenta?
A maior cobrança que eu tenho é minha mesmo. Me cobro bastante, quando erro já fico pensando na hora no que poderia ter feito de diferente. Sobre ansiedade, tenho fé em Deus, um pai que conversa muito comigo. O Abel e o grupo que me passam confiança. É um processo que demora pelo tempo parado, mas estou me readaptando o mais rapidamente possível. Espero que no sábado já esteja 100%.

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