Segundo tempo e postura defensiva: o que funcionou no Flu em Itaquera

Recuado na etapa inicial, Tricolor pouco ameaçou e não teve o esperado contra-ataque. De "peito aberto", equipe de Abel Braga imprime velocidade e as qualidades voltam a aparecer

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Enfrentar o atual campeão brasileiro na estreia não é fácil. Ainda mais fora de casa. E o revés deixa algumas lições para Abel Braga e o jovem Fluminense, que inicia a caminhada dentro do Brasileirão com dúvidas quanto ao que almejar. 

A postura do primeiro tempo não deu certo. É claro que existe uma diferença entre jogar recuado, espremido no campo de defesa, e entre respeitar o adversário e as condições do jogo. O Fluminense foi pouco incomodado, ainda mais por um Corinthians sem um centroavante de ofício. Mas quando a jogada entrou, Romero expôs a fragilidade do trio de defesa e Rodriguinho, com seus 1,77m de altura, se antecipou  em cima de Gum e marcou o tento rival.

Em meio a esta fragilidade da defesa, o ataque não apareceu. Pablo Dyego parecia afoito, com Pedro isolado e os alas pouco aparecendo. Cássio não foi responsável por nenhuma defesa dentro do primeiro tempo. As principais virtudes do Fluminense não foram exploradas nos primeiros 45 minutos.

No segundo tempo, a postura mudou. Imprimindo velocidade, o Fluminense logo empatou, em uma jogada de lateral na área, com passe de Pedro e belo chute de Richard. A equipe de Abel se manteve melhor até o final do jogo, criando boas oportunidades. Destaque para Ayrton Lucas, que dá força e  profundidade ao lado esquerdo. Sornoza apareceu, tendo dois chutes salvos por Cássio. Em compensação, Jadson foi muito tímido dentro de Itaquera.

As principais características do Fluminense são a velocidade e juventude. Para ter sucesso em uma competição tão complicada como o Brasileiro, Abel terá que organizar melhor sua equipe para que as virtudes não se percam, mesmo em meio a maratona de jogos grandes que a competição nacional reserva.

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