A demissão de Levir Culpi ainda repercute no Fluminense. O presidente Peter Siemsen, que anunciou a saída do treinador no domingo - após a derrota por 4 a 2 para o Cruzeiro -,não ficou satisfeito com a declaração do experiente técnico, por meio de uma nota oficial em seu próprio site, na segunda-feira.
Na visão de Peter , a nota teve "peso emocional", afirmou o mandatário tricolor ao Globoesporte.com. "Puto da cara", Levir Culpi afirmou que era um mérito ficar nove meses no comando do clube que, nas palavras do treinador, mais demite técnicos no mundo. Levir ainda ressaltou a ano difícil do Fluminense sem o Maracanã e exaltou a conquista da Primeira Liga, no mês de abril.
A mudança no comando técnico foi um resultado de seis jogos sem vitórias no Campeonato Brasileiro (quatro derrotas e dois empates). No pronunciamento em que anunciou a demissão de Levir, Peter Siemsen abordou questões táticas, afirmando que o time vinha se portando melhor com três volantes em campo.
O presidente esclareceu que não vai interferir nas escolhas do técnico Marcão, substituto de Levir e no comando do Fluminense até o final desta temporada.
- A minha opinião tática é mera opinião. Não interfiro nas escolhas. Não vejo relevância nisso. Acho que é passado. As pessoas, quando deixam suas funções, existe um peso emocional. Mas guardo carinho da boa relação, que sempre tive com ele. Inclusive, fomos juntos para o aeroporto depois do jogo. É uma pessoa que gosto muito, foi duro ter que interromper o contrato faltando quatro jogos para o fim do campeonato. Não gostei das palavras utilizadas e da forma como foi colocada, mas meu foco agora é Marcão, é futebol. A decisão começa terça-feira contra o Atlético-PR – disse Peter Siemsen nesta quinta-feira.
Contratado em março para substituir Eduardo Baptista, Levir Culpi comandou o Fluminense em 52 jogos, com 22 vitórias, 15 empates e 15 derrotas. Campeão da Primeira Liga, o técnico conviveu com a oscilação no Campeonato Brasileiro.