Substitutos de desfalques rendem pouco, mas Fluminense conta com sorte e bola parada para vencer
Tricolor teve mais uma atuação abaixo do esperado e com pouquíssimas chances criadas, mas saiu do Beira-Rio com a vitória aproveitando as duas oportunidades encontradas
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No futebol não é preciso apenas ter talento ou técnica, também há a necessidade de andar lado a lado com a sorte. E foi assim que o Fluminense voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Em partida ruim e de pouquíssima inspiração, seguindo o que já vinha acontecendo nos outros jogos, o Tricolor teve um gol olímpico de Lucca e uma boa jogada para bater o Internacional por 2 a 1 e voltar e vencer no Beira-Rio depois de oito anos. Para analisar esse resultado, é preciso focar em dois itens: a importância das bolas paradas e as mexidas de Odair Hellmann por conta dos desfalques.
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A primeira observação vai para as opções encontradas para as oito baixas que o treinador tinha na equipe. E de jogadores titulares, como Nino, Igor Julião, Fred, Michel Araújo e Hudson, além de Dodi, afastado após não renovar o contrato. As soluções, respectivamente, foram Digão, bem apesar de não ter acompanhado no lance do gol, Calegari, em noite de pouco brilho e sem ajuda na frente, Marcos Paulo, de quem falaremos a seguir, Lucca, com o gol olímpico, mas primeiro tempo apagado, Yago Felipe, que até foi bem antes de se lesionar, e Yuri, que não se conectou com os outros homens de meio.
De acordo com números do "SofaScore", o Fluminense terminou com 50% de posse de bola. Foram duas finalizações no gol, três para fora e dois chutes travados. O Inter, por exemplo, terminou com 13 chutes. O Tricolor teve só uma grande oportunidade e 455 passes trocados, 17 desarmes e 19 interceptações.
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No caso de Marcos Paulo, ele foi escalado inicialmente como centroavante e passou boa parte da partida apagado. Foi quando acabou recuado pela saída de Nenê, aos 30 minutos do segundo tempo, que o jovem mostrou o que faz de melhor: um passe de qualidade encontrando Caio Paulista na virada tricolor. Foram 48 toques na bola e uma grande chance criada (a única do Flu no jogo), além de sete duelos ganhos no chão e duas faltas sofridas. O camisa 11 deu um desarme ainda.
- Eu ia manter a estrutura para fazer um movimento simples, mas perdi outros dois movimentos para manter a estrutura. Decidi dentro da nossa estrutura a busca da variação. Acabou acontecendo na parte final da semana. Demorou um pouco para sincronizar a movimentação, mas quando isso aconteceu entramos fortes para vencer. Todo jogador que inicia o jogo e joga bem é solução para todos nós. É isso que o treinador busca. Já usei o Marcos Paulo por dentro, pelo lado. É uma capacidade que o grupo tem que ter. É o grupo que faz a diferença. Fortalecer o todo e o coletivo para capacitar as individualidades. Trabalho todos da mesma forma para todos estarem prontos como foi hoje - analisou Odair após o jogo.
Força na bola parada
Um instrumento que o Fluminense é bastante eficiente - e sabe disso - é a bola parada. Equipe que mais marcou gols desta forma, o Tricolor chegou aos 13 nesta temporada, sendo cinco de pênalti. Desta vez, a equipe não contou diretamente com o posicionamento consciente na área de Digão e Luccas Claro, mas com uma batida de qualidade de Lucca no escanteio e a saída errada de Marcelo Lomba.
Já que a criatividade para construir jogadas com a bola rolando não tem sido o forte da equipe nos últimos jogos, talvez as situações de faltas e escanteios sejam a saída para o Fluminense reencontrar o bom caminho e voltar a brigar pelo G6 do Campeonato Brasileiro.
De volta ao grupo de times que vão para a Libertadores, o Fluminense agora terá uma semana cheia de trabalho pois só retorna aos campos na segunda-feira, dia 30, em confronto com o Red Bull Bragantino, no Maracanã. Até lá, Odair deverá ter os retornos de Fernando Pacheco, Fred, Igor Julião e aguarda para saber se Nino, Michel Araújo e Egídio podem voltar. Hudson completa os 10 dias de isolamento justamente na data da partida.
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