O torcedor do Fluminense recebeu uma má notícia horas antes da partida com o Boavista, pela última rodada da Taça Guanabara. O atacante Luiz Henrique encaminhou a saída para o Real Betis, da Espanha, para onde deve se transferir assim que a janela do meio do ano for aberta novamente. Além dos questionamentos sobre o valor de 13 milhões de euros (cerca de R$ 72 milhões), há também a pergunta: quem será o substituto de um dos jogadores mais importantes do elenco desde o final do ano passado.
Em entrevista coletiva, o presidente Mário Bittencourt afirmou que segue atento ao mercado, mas que provavelmente a reposição será encontrada no mesmo lugar de onde Luiz Henrique veio, a base. Pela questão geracional, esse nome natural seria Kayky, de 18 anos, que acabou vendido pelo clube ao Manchester City, da Inglaterra, no ano passado. Ele chegou a ganhar a vaga de titular com Roger Machado, mas, assim como o atual camisa 11, teve um período de baixa e antecipou a mudança de país.
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– Normalmente quando perde um atleta da base por venda, a gente procura repor com atletas da própria casa. Mas desde janeiro, quando começamos a receber investidas, nosso departamento de scout vem olhando outros jogadores, sim, além dos da casa, para em caso de perda, que possivelmente é o que vai acontecer no meio do ano, a gente possa fazer uma reposição - afirmou o presidente no último domingo.
Atualmente no elenco, o nome que vem primeiro à mente é Jhon Arias, que já vem brigando pela vaga há algum tempo. Ele, porém, joga pelo lado esquerdo, enquanto o jovem da base aparece pela direita, mas Abel poderia adaptar o esquema movendo Willian ou outras peças do meio-campo/laterais. Entre os outros reservas, nomes mais contestados. Caio Paulista e Gabriel Teixeira são outras alternativas.
O primeiro entrou mal na partida com o Boavista e segue recebendo duras críticas. Já Biel quase foi vendido ao Al-Wasl, dos Emirados Árabes, mas acabou não indo por conta de exames médicos. Depois de voltar ao Brasil, ele fez duas partidas com Abel Braga e tenta retomar o espaço. Quem está perto de retornar de empréstimo caso não seja comprado em definitivo é Michel Araújo, que costuma atuar mais pelo lado direito. Ele está no Al-Wasl, dos Emirados Árabes, e tem 11 gols em 25 jogos.
Já olhando para as categorias de base, o Fluminense pode tentar maturar alguns nomes criados em Xerém e que aguardam por mais espaço na equipe profissional. O principal deles é Matheus Martins, que costuma aparecer pela ponta, e chegou a atuar contra o Boavista, mas não foi bem. O jovem de 18 anos mostra que ainda precisa ganhar mais maturidade.
Além dele, há Gabryel Martins, também relacionado no Carioca, que já atuou na base em diversas posições do ataque, como centroavante, ponta, segundo atacante, ou seja, é um atleta que flutua pelo campo. Outro que atua pelos lados é Cauã Aguiar, que foi para a Copinha e está no Sub-23. Yago Ferreira é meia-atacante, podendo aparecer na criação e também pelo lado. Ele só foi reserva em um jogo na Copinha e deu duas assistências.
Independentemente se o substituto for da base ou de fora, o Fluminense ainda tem alguns meses para aproveitar o futebol de Luiz Henrique. Em 12 jogos na temporada, o garoto tem um gol, a pintura contra o Olimpia (PAR) na Libertadores, e quatro assistências. Nesta quarta-feira, ele estará ao lado dos companheiros na partida de volta com o time paraguaio pela terceira fase do torneio continental, às 21h30 (de Brasília), no Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.