É dia de decisão para o Fluminense. Nesta quinta-feira, o Tricolor entra em campo pela última rodada do Campeonato Brasileiro com a esperança de terminar a noite classificado para a fase de grupos da Libertadores. O duelo com o Fortaleza, às 21h30, no Maracanã, marcará também mais uma despedida de Marcão do comando da equipe. Depois de assumir a vaga após a saída de Odair Hellmann, ele deixa o time pronto e com confiança para seu sucessor Roger Machado.
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O início não foi fácil para Marcão, mas o treinador soma, por enquanto, 13 partidas disputadas, com seis vitórias, quatro empates e três derrotas. Em comparação com os números de Odair Hellmann, o ídolo tricolor tem 56,4% de aproveitamento no Brasileirão contra 54,1% do antecessor. De acordo com números do "SofaScore", o time atual tem média de 1,5 gols pró, 1,2 gol sofrido, converte 53% das grandes chances que cria e precisa de 6,3 chutes para marcar um gol. Defensivamente, o Flu ficou sem sofrer gols em 38% dos jogos, precisando de 7,1 chutes para Marcos Felipe ter a rede balançada.
O treinador repete a história trilhada em 2019, quando chegou com uma missão complicada e teve êxito. Naquele momento, porém, a batalha era contra o rebaixamento, em um clima mais pesado do que o atual. No fim, Marcão ainda conquistou uma vaga na Sul-Americana. Desta vez, o membro da comissão técnica permanente pegou o time em quinto lugar, onde também está atualmente. Para garantir uma vaga no G4, o Flu precisa vencer o Fortaleza e torcer por um tropeço do São Paulo.
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Como legado, Marcão vai deixar um Fluminense que tem atuações consistentes e reencontrou sua força defensiva. Contudo, a mudança vai além de apenas a parte tática. O ídolo do Tricolor reacendeu a confiança nos Moleques de Xerém, a quem confiou para decidir em vários momentos, consolidando Marcos Felipe no gol e dando oportunidades a Martinelli, John Kennedy, Samuel, além de retomar o caminho das boas aparições de Luiz Henrique.
OS NÚMEROS
As três partidas iniciais foram complicadas para Marcão, começando com um empate contra o Vasco e derrotas para Atlético-GO e São Paulo. A primeira vitória foi no clássico com o Flamengo, com um péssimo primeiro tempo e uma virada na segunda etapa. Entretanto, o Tricolor sofreu uma expressiva goleada para o Corinthians. Depois disso, vitórias contra Sport e Botafogo jogando mal, empate com o Coritiba, e boas partidas superando Goiás e Bahia. Por fim, igualdade de 0 a 0 com o Atlético-MG, vitória por 3 a 1 em cima do Ceará e empate em 1 a 1 com o Santos.
Os jogadores com mais moral com o treinador foram o goleiro Marcos Felipe, titular em todas as 13 partidas, além de Luccas Claro, fora de apenas um jogo, seguido por Calegari, com 11, Fred e Yago Felipe, com 10, Michel Araújo, com nove, e Egídio, Nenê, Martinelli, Lucca e Luiz Henrique, todos com oito. Em seguida vem Matheus Ferraz, Hudson e Nino com sete confrontos. Além de Yuri e John Kennedy, com seis, Wellington Silva, com quatro, e Marcos Paulo, com três, e Igor Julião, com duas partidas.
Dentre os reservas mais acionados, Caio Paulista é o líder isolado, saindo do banco em nove oportunidades. Ele é seguido por Felippe Cardoso, Hudson e André, usados cinco vezes, Lucca, John Kennedy, Michel Araújo e Fernando Pacheco, quatro, além de Nenê, três, e Samuel, com dois jogos. Por fim, Wellington Silva, Ganso, Matheus Ferraz e Martinelli, com dois, e Yago Felipe, Miguel, Marcos Paulo, Igor Julião e Frazan, com uma chance, completam a lista.
O Fluminense é o quinto colocado do Brasileirão, com 61 pontos. O time já está garantido pelo menos nas primeiras fases da Libertadores, mas precisa vencer o Fortaleza e torcer para o São Paulo não vencer o Flamengo para terminar em quarto, conquistando uma vaga direta para a fase de grupos. Mesmo se ficar em quinto, o Flu ainda poderá pular as fases preliminares. Neste caso, seria preciso que o Palmeiras fosse campeão da Copa do Brasil sobre o Grêmio.