Nadia Murad, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2018 e embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano, esteve presente no Maracanã para acompanhar a vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Bahia no último sábado, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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- No Iraque, conhecemos muito sobre o Brasil por causa do futebol. Sei que é um país distante, mas costumava assistir aos jogos com meus irmãos e sei como o futebol leva felicidade para famílias que não têm nada em lugares como o Iraque. Sei muita coisa sobre o Brasil por causa do futebol e estou muito feliz de estar aqui e assistir isso pessoalmente - disse Nadia Murad.
Fã de Marcelo, a ativista encontrou com o camisa 12 depois do jogo e ganhou uma camisa do astro tricolor.
- Sou uma grande fã do Marcelo e esta é a primeira vez que o vejo pessoalmente. Estou muito empolgada. O Marcelo é muito importante porque jogadores como ele têm muita influência no mundo. Pessoas do Iraque, do Afeganistão e de muitos outros lugares amam e respeitam muito o Marcelo. Esse encontro significa muito para mim, para minha família e para outros sobreviventes da guerra e da violência sexual - explicou a ativista iraquiana.
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Nadia visita o Brasil pela primeira vez e já passou por São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS) para contar sua história de sobrevivência. Em 2014, quando tinha 21 anos, Nadia viu sua mãe e seis de seus irmãos serem assassinados pelo grupo terrorista Estado Islâmico. A ativista foi sequestrada e ficou em cativeiro, onde foi vítima de violência física e sexual.
Depois de três meses, Nadia escapou dos terroristas e conseguiu asilo na Alemanha. Desde então, dá palestras ao redor do mundo sobre o uso de violência sexual como arma de guerra. Por conta de sua militância, a iraquiana foi eleita embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano em 2016 e venceu o Nobel da Paz em 2018.