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Vitória é gigante, mas Fluminense sente estreia na Libertadores e perde chance de maior vantagem na volta

Tricolor virou sobre o Millonarios, mas sofreu para dominar o jogo mesmo com um a mais desde os 18 minutos do primeiro tempo no El Campín

Millonarios x Fluminense - André e David Braz
Fluminense venceu o Millonarios pela segunda fase da Libertadores (Foto: Staff images/ CONMEBOL)

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Na primeira grande "final" da temporada, o Fluminense teve o placar, mas não o brilho. A vitória por 2 a 1 sobre o Millonarios, na noite de terça-feira, no Estádio El Campín, em Bogotá (COL), pela ida da segunda fase da Libertadores teve emoção de sobra. Virada, pênalti defendido, gol de "sorte", Fred lesionado ainda no primeiro tempo. Mas teve também um time que sofreu para dominar e matar a partida mesmo com um jogador a mais desde os 18 minutos do primeiro tempo.

A prova de que poderia ser mais é que até o técnico Abel Braga criticou a atuação. Não é costumeiro do veterano, especialmente em partidas com uma carga emocional grande e que incluem uma retomada após sair atrás no placar. Mas ele afirmou que o time não "vibrou" como poderia e ficou devendo, apesar de citar que a altitude pode ter feito a diferença, algo que o zagueiro David Braz, eleito melhor em campo, admitiu.

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- Quando se joga na altitude é muito complicado ter 50% de acerto. Tínhamos um jogador a mais, mas parecia que eram 10 contra 10. Conseguimos tocar a bola, mas ficamos muito para trás. Ficamos, no meu modo de pensar, muito abaixo do que podemos produzir, fisicamente acabamos o jogo esgotados 100%, e mesmo assim poderíamos ter feito em três oportunidades o terceiro gol e não fizemos. Isso é ruim para o próximo jogo. Ficamos devendo muito a nível de criatividade. Tivemos 60% de posse de bola, 32 vezes dentro do último terço do campo, mas fomos uma equipe que não vibrou. Não sei, sinceramente. É difícil cobrar, vou saber quando conversar com eles. Acho que a altitude teve uma influência grande - analisou Abel.

Fato é que o resultado fora de casa e na altitude é grande, mas fica gigante quando se analisa o jogo feito pelo Fluminense, que parecia desmoronar na etapa inicial. O primeiro gol saiu em uma jogada que qualquer análise do Millonarios dizia ser o ponto forte da equipe. É difícil cravar se o que pesou para o Tricolor foi o nervosismo, mesmo com um time recheado de jogadores experientes, ou a adaptação à altitude, mas a equipe só foi melhorar na reta final antes do intervalo, quando David Braz marcou o gol.

Previsível novamente, o Flu teve a bola, especialmente depois da expulsão de Sosa aos 18 minutos, mas não soube o que fazer. Ainda sem o meia de criação, que só foi entrar no segundo tempo, os zagueiros ficaram responsáveis por avançar e distribuir o jogo, mas alguns erros bobos de passe impediram melhores oportunidades. Foram sete chutes no total, sendo quatro no gol.

Quando Cristiano e Luiz Henrique tiveram duas as melhores chances da partida, tudo parecia que começaria a se encaixar. Mas Yago Felipe coroou a péssima noite ao fazer um pênalti infantil e que quase colocou tudo a perder. Créditos a Fábio, que defendeu e salvou o companheiro do erro. E no momento que o Millonarios amassava o Fluminense regido pelo ótimo Daniel Ruíz, Germán Cano "fez o L" após jogada de um dos melhores em campo: o garoto Martinelli, que entrou no segundo tempo e precisou de dois minutos para mudar o time e decidir.

Agora, o Fluminense leva uma vantagem boa para o confronto de volta, mas não confortável como poderia ter sido. Vale lembrar que não há mais o gol qualificado (marcado fora de casa) como critério de desempate na Libertadores. O confronto acontece na próxima terça-feira, às 21h30 (de Brasília), em São Januário. Antes disso, porém, o Tricolor tem importante clássico com o Vasco pelo Campeonato Carioca, no sábado, às 17h.

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