Volante, meia ou atacante. Polivalência e Cícero são palavras que se confundem nas Laranjeiras. Desde que pisou no clube pela primeira vez, em 2007, os tricolores conheceram a versatilidade do capixaba que começou a carreira profissional no Bahia, após passar pelas divisões de base da Tombense (MG). Nesta temporada, em apenas oito jogos (seis oficiais e dois pela Florida Cup), o atual camisa 7 já foi utilizado nas três posições pelo técnico Eduardo Baptista.
Em território norte-americano, o meio-campista - que voltou ao clube em 2014 após cinco temporadas - atuou recuado na estreia contra o Shakhtar, da Ucrânia, e repetiu a dose no duelo seguinte, diante do Internacional. Quando retornou ao Brasil, o jogador seguiu na mesma função nas partidas contra Atlético-PR, (Primeira Liga) e Volta Redonda (Carioca). Nesse período, o Fluminense acumulou um empate e três derrotas em sequência.
Só que, no segundo compromisso pelo certame estadual, Baptista optou por formar a dupla de volantes com Pierre e Douglas, avançando Cícero no setor do meio de campo. Curiosamente, o Tricolor faturou sua primeira vitória em 2016, ao golear o Leão da Leopoldina por 4 a 0.
O atleta de 31 anos voltou ao posicionamento inicial no confronto com o Madureira, e o Tricolor das Laranjeiras ficou no empate com o Suburbano: 3 a 3. Com Cícero mantido na parte de trás do circulo central, o Flu tornou a aplicar 4 a 0 pelo Carioca. Desta vez, quem "pagou a conta" foi o Tigres do Brasil.
Já no último embate, veio o desafio teoricamente mais árduo dos comandados de Eduardo Baptista até o momento no ano. O treinador preferiu testar novamente a ideia do jogo contra o Bonsucesso. Assim, os tricolores encararam o Cruzeiro no Mineirão com Pierre e Douglas atrás. Cícero, no entanto foi um pouco mais para a frente do que o habitual em situações como essa. Sem Fred - suspenso na Sul-Minas-Rio -, o camisa 7 comandou o ataque ao lado de Diego Souza. E, com três gols e umas assistência deste último, os visitante fizeram a festa e triunfaram por 4 a 3.
Os benefícios provocados pelo polivalente jogador ao time em campo foram explicados pelo técnico. Para o responsável por montar a escalação do Fluminense, o principal efeito é a qualidade no passe.
- O Cícero, dentro da minha visão, aonde você colocar, ele vai fazer um bom papel. A gente tem uma filosofia de não sair com uma bola longa, e sim com ela no chão. E ele é fundamental para isso - avaliou Baptista.