Wellington Silva lamenta ‘falta de consideração’ em dispensa no Fluminense
Lateral estava na lista de oito dispensados pelo clube no início da temporada. Jogador se recupera de lesão no joelho direito e afirma ter sido comunicado de saída por telefone
Dispensado no início da temporada, o lateral-direito Wellington Silva foi o último dos oito atletas a resolver suas pendências com o Fluminense. Recuperando-se de lesão no joelho direito, o jogador abriu o jogo sobre sua saída, revelou ter gratidão pelo clube, mas reclamou de 'falta de sensibilidade' por parte da diretoria.
– Faltou consideração comigo. Em 2016, eu dei a vida machucado. Não importa se o time ganhou ou não. Eu joguei. Tenho mais de 100 jogos, me dediquei muito. Enfim, faltou sensibilidade deles. Não conheço o novo presidente, mas conheço muitos dirigentes lá. Foram quatro anos e meio de clube. Eu sei que poderia ter sido diferente. Vou seguir a minha vida. – revelou, em entrevista ao Globo Esporte.
Aos 30 anos, Wellington Silva defendeu o Fluminense entre 2013 e 2016. No ano passado, foi emprestado ao Bahia, mas pouco jogou. O jogador revelou que estava em tratamento da lesão no joelho quando foi comunicado de sua dispensa do clube, através de uma ligação telefônica.
–Estava treinando aqui na clínica pois queria me reapresentar bem. Liguei para o meu empresário para perguntar como estavam as coisas no Fluminense. Ele me falou que queriam rescindir o contrato. Eu disse que estava machucado, ele falou que eles queriam rescindir mesmo assim. Meu empresário então marcou de vir ao Rio pois é de Porto Alegre. Passou um tempinho, o Marcelo Penha me ligou. Se ele tivesse dito que queria rescindir, mas que eu poderia tratar no clube, tudo bem. Mas isso não aconteceu - revelou.
Apesar dos problemas com a diretoria, Wellington Silva seguiu um caminho diferente dos outros atletas e decidiu não entrar na Justiça. A explicação é simples: o lateral revelou que desenvolveu uma relação de gratidão pelo Fluminense e nunca teve a intenção de abrir processo contra o clube.
- Nunca quis entrar na Justiça. A primeira coisa que falei ao meu empresário foi tentar o acordo. Tem de ter gratidão na vida, aprendi isso. O clube é feito de pessoas e lá tem pessoas que gosto demais. O pessoal da rouparia, da fisioterapia, os massagistas. Torço por eles. A vida segue para o clube e para mim - disse.