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90 anos de Léo Batista: conheça a trajetória de um dos pioneiros do jornalismo esportivo na TV

Jornalista dedicou 75 anos de sua vida ao oficio do jornalismo e se mantém na ativa até hoje

Léo Batista
Léo Batista é um dos nomes mais antigos no elenco da TV Globo, emissora em que atua há mais de 40 anos - <br>(Foto: Reprodução/TV Globo)

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O LANCE! recorda hoje a trajetória do grande comunicador João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido no jornalismo esportivo como Léo Batista, que completa hoje 90 anos de vida, sendo 75 deles dedicados a comunicação. Extremante apaixonado por futebol e torcedor fanático do Botafogo, o jornalista é um personagem histórico na televisão aberta.

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Filho de imigrantes italianos, Léo Batista nasceu em Cordeirópolis, no interior do estado de São Paulo. Quando jovem, trabalhou em serviços de alto-falantes, em sua cidade-natal, e rapidamente se estabeleceu no rádio, ainda nos anos 1940.

INÍCIO NO RÁDIO
Ele iniciou sua caminhada no futebol na 'Rádio Difusora de Piracicaba', sendo setorista do XV de Piracicaba, que tinha acabado de subir para a primeira divisão do Paulistão. O jornalista mudou-se para o Rio de Janeiro e participou da cobertura da primeira copa do Copa do Mundo no Brasil, em 1950. 

Leo Batista
Léo Batista já participou de diversas coberturas esportivas do rádio brasileiro - Foto: Acervo Globo

Em 1952, Léo  foi contratado pela Rádio Globo, para atuar como locutor e redator de notícias no programa "O Globo no Ar?". Sua estreia como locutor esportivo aconteceu em uma partida entre São Cristóvão e Bonsucesso, no Maracanã. Na difusora, por sugestão do seu chefe Luiz Mendes, que não achava seu nome sonoro, João Belinaso se tornou 'Léo Batista'. 

PAIXÃO PELO GLORIOSO
O jornalista foi um dos que transmitiram o primeiro jogo da carreira de Mané Garrincha, em 1953. Neste período de sua vida que sua paixão pelo Botafogo começou. Em entrevista ao programa 'Conversa com Bial', Léo revelou como se tornou torcedor do alvinegro carioca. 

- Estava no Maracanã. Fui assistir a um jogo com alguns amigos, era Fluminense e Botafogo. De repente, o Botafogo começou a jogar melhor, saiu uma jogada bonita e pronto, um golaço do Botafogo. Pulei gritando ‘gol!’. Depois do lance eu parei e pensei: ué, estou torcendo para o Botafogo? Daquele instante em diante acabou, virei Botafogo - revelou. 

Léo Batista - Botafogo x Santos
Sempre que possível, o jornalista vai prestigiar o Botafogo no Nilton Santos -&nbsp;(Foto: Vítor Silva/Botafogo)<br>

+ 'Fui Botafogo doente. Hoje eu estou doente por causa do Botafogo', diz Léo Batista sobre o Alvinegro

NAS TELINHAS 

Léo Batista chegou à televisão em 1955, na extinta 'TV Rio', onde por 13 anos comandou o Telejornal Pirelli. Ele se mudou para a 'TV Globo' em 1970, excepcionalmente para a cobertura da Copa marcada pelo Tri da Seleção Brasileira. O jornalista logo se destacou devido ao seu estilo descontraído.

Léo Batista
O jornalista foi um dos criadores do Globo Esporte - (Foto: Reprodução/Globo)

Léo Batista é o apresentador mais antigo em atividade na emissora e foi um dos criadores, em 1978, do programa 'Globo Esporte', que segue no ar até hoje. Léo também inaugurou o 'Jornal Hoje', em 1971, participou do 'Globo Rural', narrou os gols da rodada no 'Fantástico', e tem microfone cativo até hoje no Globo Esporte e no 'Esporte Espetacular'.

Léo Batista, Maju Coutinho e Poliana Abritta
Léo apresentou os gols do Fantástico (Foto: Globo/Fabio Rocha)

Entre as décadas de 1980 e 1990 chegou a apresentar um bloco esportivo no Jornal Nacional, aos sábados.

TRAGÉDIA 

Em janeiro deste ano, a esposa do jornalista, Leyla Chavantes Belinaso, com quem foi casado por seis décadas, faleceu aos 84 anos, vitima de um afogamento na piscina. Segundo o boletim de ocorrência registrado, Léo encontrou a companheira na residência onde os dois viviam no Rio de Janeiro e mergulhou para salvá-la, mas logo o próprio constatou que ela estava sem vida. 

FORA DO ESPORTE

Para além do futebol, Léo Batista comandou programas de auditório como o “Clube da Alegria”, em que teve o privilégio de apresentar Hebe Camargo na festa do primeiro aniversário da Rádio Clube de Birigui, onde trabalhava.

O comunicador foi o primeiro radialista a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. 

Logo após a sua participação na Copa no México, em 1970, o locutor teve que substituir o apresentador Cid Moreira em uma edição do Jornal Nacional. Depois da cobertura foi contratado em definitivo, chegando a apresentar as edições de sábado do JN.

Léo Batista e William Bonner
Léo fez JN durante carreira na Globo (Foto: Globo/Divulgação)

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