11 anos da cavadinha: Loco Abreu foi eternizado na memória e pele de torcedores do Botafogo
Uruguaio cobrou de maneira inusitada a cobrança de pênalti que ajudou o alvinegro a romper uma sequência negativa diante do Flamengo
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Há 11 anos, Botafogo e Flamengo se enfrentavam pela quarta vez seguida em uma decisão de Campeonato Carioca. Diante desse cenário, o rubro-negro havia conquistado o título em todas as ocasiões e a pressão sobre a equipe de Joel Santana, técnico alvinegro, era grande. No Maracanã, Loco Abreu marcou de cavadinha e escreveu a história que ficou eternizada no clube e na pele de seus torcedores mais fanáticos.
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No dia 18 de abril de 2010, os comandados de Joel Santana precisavam reverter uma ingrata história que assombrava o elenco. O tri-vice para o Flamengo caiu como uma bomba de pressão dentro de um elenco em que a sua grande maioria não esteve presente nas decisões anteriores. É o caso do uruguaio Loco Abreu. Contratado em janeiro do mesmo ano, o ídolo alvinegro não pareceu nervoso ao longo da final.
Aos 26 minutos da etapa final, em pênalti marcado sobre o argentino Herrera, autor do primeiro gol da partida, Abreu marcava de uma maneira que seria sua principal marca da carreira. De cavadinha, deslocou Bruno, e, com requintes de emoção, a bola tocou no travessão e morreu dentro do gol. Seria o tento do título. O jogo ainda contou com a defesa de Jefferson na penalidade cobrada por Adriano Imperador, já próximo do término da partida.
Após o título, torcedores do Botafogo decidiram marcar o momento em suas peles. Gilberto Mateus, botafoguense de Juiz de Fora, fez uma tatuagem na perna direita com o rosto do jogador e viajou para ver a reação do jogador.
– A tatuagem foi feita em 2010, logo depois da cavadinha no Carioca ele comemorou o gol, achei a imagem legal e fiz a tatuagem na perna. Na Copa (América) valorizou ainda mais a tatuagem ele com a bandeira do Botafogo. Nenhum jogador fez isso, em qualquer time – lembrou Gilberto
Para Loco, a homenagem não aumenta a responsabilidade como figura importante na história do clube devido à intimidade que tem com a torcida.
- O mais importante é que eu sei como pensa o torcedor do Botafogo e ele sabe como eu penso. A gente não tem que fazer mais nada do que sempre fez. Realmente não é um fato normal, vai ficar sempre na minha lembrança. Eu desfruto e fico emocionado quando vejo que o torcedor faz esse tipo de homenagem - afirmou o uruguaio.
Além de Gilberto Mateus, outro fanático também eternizou Loco Abreu em sua pele. Pelo os gols marcados que encerraram a sequência de vice-campeonatos, o brasiliense Roberto decidiu tatuar tanto o uruguaio, quanto o argentino Herrera, peça importante na equipe.
- Eternizei os dois, porque foi a coisa mais linda ver os flamenguistas irem embora, derrotados - disse o torcedor.
Com o título, o Botafogo voltava a conquistar um Carioca depois de 4 anos de jejum.
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