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Após polêmica, Petraglia rebate PVC e afirma: ‘Pelé não joga mais’

Presidente do Athletico publicou uma carta sobre declaração feita relacionada ao Santos e outros clubes brasileiros

Petraglia - Athletico-PR
imagem cameraPetraglia defendeu o seu posicionamento (Foto: Miguel Locatelli/Site Oficial)
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Lance!
Curitiba (PR)
Dia 01/07/2022
13:47
Atualizado em 01/07/2022
15:01

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Presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, publicou uma carta aberta na noite desta quinta-feira (30), para tratar da polêmica declaração sobre o momento de outros times do futebol nacional. Durante entrevista coletiva no início desta semana, o dirigente afirmou que Furacão ultrapassou a história do Santos. As afirmações foram rebatidas pelo jornalista da Globo, PVC, que foi respondido por Petraglia ao longo do texto. 

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Durante a carta, Petraglia defendeu o seu posicionamento e reafirmou que a declaração teria sido motivada por "uma pergunta infeliz”. Ele se referia a uma pergunta feita ao jogador Fernandinho, sobre os motivos dele ter escolhido jogar no Rubro-Negro mesmo tendo recebido ofertas de outros times.

O dirigente também respondeu a uma publicação feita pelo jornalista  Paulo Vinícius Coelho no Blog do PVC, no "ge", com o seguinte título: “Mentiras sinceras me interessam x tradição não se compra em farmácia. Onde encaixar a explosão de Petraglia?”.

- Uma delas, inspirada em versos de Cazuza, fala sobre “mentiras sinceras”. Também me inspiro nos versos do poeta para dar mais uma contribuição ao debate sobre a realidade do nosso futebol. “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades” – escreveu em resposta ao comentarista.

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No conteúdo divulgado pelo Rubro-Negro paranaense, Petraglia volta a falar do Santos, ressaltando que o clube “tem uma das histórias mais bonitas do futebol mundial”, mas destaca em seguida que “Pelé não joga mais”.

- O Santos Futebol Clube tem uma das histórias mais bonitas do futebol mundial. Mas Pelé não joga mais. O Petraglia também um dia sairá de cena, pois a única verdade certa é que um dia não estaremos mais aqui - escreveu. 

Confira a carta na íntegra: 

Palavra do Presidente: O Tempo Não Para

Tudo muda. Tudo passa. Tudo se renova. Não há como ir contra a verdade inexorável da vida, embora seja da natureza humana a busca pela manutenção e pela permanência, mesmo que os fatos não sustentem mais tudo o que se foi no passado. Tenho consciência disso. E me expresso a partir dessa percepção.

Acredito que seja por isso que uma declaração minha sobre a nova realidade do nosso futebol, motivada por uma pergunta infeliz, tenha causado tanta repercussão, matérias e colunas nos meios de comunicação. Uma delas, inspirada em versos de Cazuza, fala sobre “mentiras sinceras”. Também me inspiro nos versos do poeta para dar mais uma contribuição ao debate sobre a realidade do nosso futebol.

“Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”.

A tentativa de repetir o passado faz muitos ficarem presos aos seus museus, estátuas, heróis, galerias de troféus e histórias contadas de forma épica em livros e lendas. Essa “propriedade” é passada de dirigente para dirigente, que tentam reafirmar suas tradições sem um projeto, sem um plano que se adapte ao hoje, esquecendo que já no dia seguinte a uma conquista, a busca recomeça.

Para a maioria, a tradição justifica insanidade financeira, proselitismo e imediatismo em nome de uma grandeza. Nada que seja sustentável, pensando no futuro da instituição que defendem. Usam o passado como referendo para quaisquer iniciativas para manter o esplendor, custe o que custar. Quando percebem, estão em terra arrasada.

“A tua piscina tá cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos”.

Eu sou um cara cansado de correr na direção contrária. Mas essa rebeldia é o que sempre me motivou. Pois há muito a fazer, não só pelo Athletico Paranaense, mas pelo futebol brasileiro. O que disse foi interpretado como desrespeito, como se eu tivesse o poder de apagar a história da cabeça das pessoas. Mas, ao invés disso, acredito que é possível construir uma nova história a cada dia. E ela passa pela reconstrução da nossa “piscina”, roída por anos de corrupção e desagregação.

Por respeito ao futebol brasileiro, e por tudo aquilo que nós construímos no Furacão e que serve de modelo para muitos clubes no Brasil e no mundo, não posso deixar a sinceridade de lado. Neste caso, penso que, mais do que um insulto, foi uma contribuição. Que se discuta o futuro, que as verdades inconvenientes sejam ditas, que cada um retire os ratos de suas piscinas. Que tenhamos a capacidade de nos unir pelo bem do futebol como um todo, que está tomado por violência, clubismo e sectarismo. Que as disputas sejam só nos campos e que todos tenham voz. Enfim, que pensemos no futuro por um futebol brasileiro forte.

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