Autópsia de Maradona não registra drogas ilegais e revela que craque sofreu por oito horas antes de morrer
Nos exames constam medicamentos usados no combate à ansiedade e depressão, mas não substâncias para combater cardiopatia, o que intriga investigadores
A autópsia do corpo de Diego Maradona divulgada pela imprensa argentina na última terça-feira não registraram drogas ilícitas ou álcool, mas medicamentos para o combate à ansiedade e depressão. Os exames iniciados no dia 2 de dezembro concluíram que Diego faleceu em decorrência de um “edema agudo de pulmão secundário a insuficiência cardíaca crônica exacerbada". Também foi descoberta uma "cardiomiopatia dilatada" em seu coração.
De acordo com a emissora "LaSexta", o craque sofreu por oito horas antes de morrer. O canal definiu a morte de Maradona como "uma grande agonia que durou entre seis e oito horas, e não uma morte súbita".
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No início das investigações, já havia sido divulgado que o coração que o coração de Diego pesava 503 grama, cerca do dobro do normal. Os resultados intrigaram os investigadores, que suspeitam de negligência médica, já que não consta substâncias de combate à cardiopatia.
- É tão importante o que apareceu como o que não surgiu nessas análises de laboratório. À primeira vista, confirmam que davam psicofármacos para Maradona, mas nenhum medicamento para combater sua cardiopatia - disse um dos responsáveis da autópsia à agência "Télam".
O investigador ainda destacou a agência que alguns dos psicofármacos registrados no exame de "El Pibe" produzem arritmia, o que não convém a um paciente com um problema cardíaco como o que ele apresentava.
Gianinna Maradona, uma das filhas de Maradona, desabafou nas redes sociais sobre as especulações feitas, afirmando que muitos esperavam que seriam encontras drogas ilícitas e álcool nos exames do ídolo.
- Todos os filhos da p... esperando que a autópsia do meu pai tenha drogas, maconha e álcool. Não sou médica, mas ele parecia muito inchado. A voz robótica. Não era sua voz. Estava acontecendo e eu era a louca insana – escreveu Gianinna em sua conta no Twitter.
Maradona faleceu aos 60 anos, no fim de novembro, vítima de uma parada cardiorrespiratória em sua casa, em Tigre, na Argentina.
Todos los hijos de puta esperando que la autopsia de mi papá tenga droga, marihuana y alcohol. No soy doctora y lo veía muy hinchado. La voz robótica. No era su voz. Estaba pasando y yo era la LOCA DESQUICIADA.
— Gianinna Maradona (@gianmaradona) December 22, 2020