O presidente Jair Bolsonaro contestou a escolha da CBF por suspender competições nacionais por tempo indeterminado. Em entrevista à "CNN Brasil", neste domingo, além de dizer que já houve outros vírus mais graves, e enxergar "interesse econômico" em torno da repercussão da pandemia de COVID-19, ele mostrou preocupação com as finanças do país ao discordar da atitude da Confederação Brasileira de Futebol.
- Em especial, temos que tomar previdências no tocante à economia. Certas medidas tomadas por governadores, eles têm essa autoridade, mas nós temos que ver como essas medidas podem afetar a nossa economia, que em grande parte vem do povão. Quando você proíbe uma partida de futebol, entre outros, você parte para um histerismo - disse Bolsonaro, que deixou sugestão à entidade:
- A CBF vai se reunir amanhã (segunda-feira), poderiam vender um percentual de ingressos pelo menos. Levando-se em conta a quantidade de pessoas que comportam nas arquibancadas e não partir para proibir isso ou aquilo. No meu entender, não vai conter a expansão dessa forma muito rígida.
A pandemia de coronavírus superou a barreira de 6.000 mortes e 160.000 infectados em todo o mundo neste domingo. No Brasil, são 200 casos casos confirmados (eram 121 no sábado), sem mortes, e outros 1.913 suspeitos. A Espanha – segundo país mais afetado da Europa, atrás da Itália – registra 288 mortes, 100 a mais que no sábado, e 7.753 infectados, 2.000 pessoas a mais em 24 horas.
No Velho Continente, todos os campeonatos estão paralisados. A Uefa, segundo "The Independent", da Inglaterra, estuda suspender todo futebol até setembro. De acordo com outro jornal da Terra da Rainha, o "The Telegraph", existe um acordo para que Liverpool seja declarado campeão inglês caso a disputa não retorne.