Cafu afirma que dois jogadores brasileiros poderiam ser os maiores centroavantes da história
Bicampeão mundial com a Seleção Brasileira, ex-lateral disse ter se impressionado com as performances de Alexandre Pato e Adriano Imperador
O 'se' é uma das conjunções mais cruéis do futebol. Muitas vezes, o mundo da bola imagina projeções que não aconteceram de fato, mas que poderiam ter acontecido. É o que Cafu explicou ao versar sobre Alexandre Pato e Adriano Imperador. O bicampeão mundial pela Seleção Brasileira afirmou que os jogadores poderiam ter sido os maiores centroavantes da história do futebol, caso tivessem mantido sequência.
- O Adriano jogava muito. Se ele tivesse dado sequência… São dois caras que nós apostamos muito, que se tivessem dado sequência da maneira que nós vimos no começo da carreira… Um se chama Pato e o outro se chama Adriano. 'Se esses dois caras resolverem jogar bola e se comprometerem do jeito que nós achamos que podem, eles vão ser os dois maiores centroavantes da história do futebol', [a gente dizia] - disse Cafu, em entrevista ao 'PodPah'.
Sobre Pato, o ex-lateral recordou que o veloz atacante impressionou até mesmo a lenda italiana Paolo Maldini. Cafu lembrou também que testes realizados no Milan mostraram que jogador do Orlando City tinha mais explosão que Ronaldo Fenômeno.
- O Pato chegou no Milan, era incrível. A gente 'dava de mão nele' A gente batia nele. Era eu, o Maldini e o Kaladze, que, às vezes, apelava com o Pato, chegava bem mais forte. A gente se olhava e balançava a cabeça: 'Não dá para pegar'. Não dava. Ele chegava perto, tirava para os dois lados, roubava nosso tempo de bola. Eu dizia para o Maldini: 'Acho que o Brasil achou o cara' - declarou.
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- Ele estava voando. Muito bem. Eu fui embora e, depois de cinco meses, o Pato machucou. Não jogou mais. Eu falei: 'Ah, não é possível'. Ele tinha mais força que o Ronaldo. A explosão dele era maior que a do Ronaldo. Os caras mediram no Milan. Era impressionante. Ele batia com a esquerda e com a direita na mesma potência, rápido, cabeceava bem e ainda batia falta. E driblava bem, era habilidoso - completou.
Já sobre Adriano, Cafu não poupou elogios ao camisa 9. Na época de Itália, os dois se enfrentaram no clássico de Milão.
- O Adriano, mesma coisa. Eu falava: 'Adriano, joga bola. Se você jogar, esquece. Você não tem noção'. Primeiro, que a gente não tem centroavante canhoto. Dificilmente o Brasil produz um centroavante nato canhoto. É difícil. Dá para contar no dedo. Antes do Lukaku, era o Adriano. E é difícil de marcar. O Adriano tinha um potencial impressionante, joguei com ele várias vezes. Era chato de marcar. Ele parecia lento, pesado, e não era. Ele protegia a bola. Não tinha quem pegasse ele. Um baita centroavante - elogiou Cafu.
- Mas o Adriano parou cedo e o Pato acabou não dando sequência porque teve um monte de lesão. Foi uma pena. A gente realmente achou que tinha achado o centroavante que o Brasil precisava - concluiu.