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‘Carnaval pode ensinar muita coisa para o futebol’, diz Zé Paulo, intérprete da Mocidade

Torcedor do Fluminense comparou formas de torcer entre os eventos

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imagem cameraZé Paulo, intéprete da Mocidade e torcedor do Fluminense (Foto: Lance!)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 26/02/2025
08:00
Atualizado há 2 minutos

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Faltam apenas três dias para o início dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro na Sapucaí. Às vésperas do tradicional evento carioca, o Lance! conversou com Zé Paulo Sierra, intérprete da Mocidade e torcedor do Fluminense. O cantor, que desfila com a agremiação de Padre Miguel na próxima terça-feira (4), apontou as diferenças das torcidas do carnaval e futebol.

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Ao analisar as diferenças entre as torcidas, Zé Paulo pontuou que o Carnaval tem muito a ensinar para o futebol. De acordo com ele, os torcedores de clubes precisam aprender a por limites nas rivalidades e pararem de entrar em conflito nas ruas e nas arquibancadas dos estádios.

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- A paixão é a mesma. A Mocidade é uma torcida totalmente passional, eles amam sua escola de paixão como eu amo o Fluminense. A grande diferença do Carnaval para o futebol é a rivalidade. Se uma escola estiver em apuros no dia do desfile, a gente vai ajudar. Se algum amigo ganhar o Carnaval, a gente vai ligar e parabenizar. A gente consegue separar a competição da rivalidade - iniciou o intérprete, antes de completar.

- A rivalidade existe, mas não é exacerbada como é no futebol a níveis de a gente ver brigas, espancamento. É inadmissível. Isso já existe há muito tempo e não tomam atitude. O clube é punido, fecham estádio, mas os mesmos que brigam não são punidos, não são presos e continuam brigando. Então, o Carnaval dá muita aula para esses imbecis que ficam brigando no estádio sem motivo algum. Temos que parar, repensar e as autoridades têm que começar a punir esses caras. Quem leva um filho tranquilo para o Maracanã hoje para ver um Fla-Flu, um Flamengo x Vasco? E no Carnaval vai criança, idoso, mãe, filho. As escolas de samba tem muito a ensinar em relação a torcer para as torcidas de futebol - concluiu.

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Além de falar sobre as diferenças entre as torcidas de clubes e escolas de sambas, Zé Paulo também abordou outro assuntos. O intérprete da Mocidade Independente de Padre Miguel relembrou o início da paixão pelo samba e Fluminense, entre outros assuntos envolvendo o esporte e o carnaval.

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Zé Paulo Sierra comparou as formas de torcer no carnaval e no futebol (Foto: Lance!)

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Confira outros trechos da entrevista com Zé Paulo

Relação com o samba

"Morava em um bairro muito boêmio, que era na Abolição. E lá tinha um bloco chamado Tramela, que arrastava uma multidão. E meu pai era um amante do Carnaval e das escolas de samba, então eu estava sempre inserido nesse contexto. De dia eu estava fantasiado, de noite assistia aos desfiles e no último dia ia para o Tramela. Meus pais me falavam que com seis anos eu já batucava nas coisas e improvisava algumas letras de samba. E o samba da Portela "Das Maravilhas do Mar" foi o que me encantou para o Carnaval. E quando eu tinha 11 anos, meu pai me inscreveu em um concurso de samba, e desde então, eu nunca mais parei. Hoje graças a Deus eu vivo dessa arte, que é de onde tiro meu sustento e minha felicidade".

Paixão pelo Fluminense

"O Fluminense também é muito por conta do meu pai. Fui muito cedo para o Maracanã ver os jogos. Eu comecei a assistir a partir de 1984, quando o Assis fez aquele gol no Raul aos 45 minutos do segundo tempo e o Fluminense foi campeão carioca. A partir dali aflorou um sentimento que até hoje a gente não sabe explicar, é uma paixão que a gente não controla".

Promessa pelo Fluminense

"Vou ao Maracanã sempre. É claro que tem a nossa vida corrida de ensaios, de compromisso com as escolas de samba, mas sempre que posso eu vou ao Maracanã, de arquibancada, no meio da galera. E é gratificante porque a galera me reconhece como intérprete, me pedem foto, tratam super bem. Não digo que eu faço de tudo, mas já fiz muita coisa pelo Fluminense. Promessa eu não gosto de fazer, porque às vezes tu não consegue cumprir a parada. Alguém fez promessa para ganhar a Libertadores, não cumpriu, aí o Fluminense quase caiu (risos)".

Loucura pelo Fluminense

"Já vim pernoitado de viagem e fui direto para jogo, e isso com o Fluminense na terceira divisão. E eu acho que foi o ano que eu mais fui a jogos foi quando estava na terceira divisão. Fui em jogo contra o Olaria, na Bariri, teve confusão, briga... O Fluminense mexe demais comigo. Eu 2010, eu era cantor da X-9 Paulistana, o Fluminense jogava a última rodada no Engenhão e tinha ensaio no mesmo dia. Eu fiz de tudo para burlar o sistema para não ir ao ensaio, mas o presidente não liberou. Pedi até para uma amiga minha ligar falando que era da assessoria do Fluminense para dizer que o clube estava pedindo o cantor da Mangueira para ir no jogo. E eu era o cantor da Mangueira na época. Mas acabou que eu vi o jogo em São Paulo".

Campeonato Carioca

" Você tem um Campeonato Carioca hoje que não tem sentido nenhum, não tem premiação, perdeu um pouco da essência. E o time que é campeão da Libertadores acaba prejudicado, porque joga até o fim de dezembro, tem poucos dias para se preparar para o Carioca, e na quinta rodada você já é obrigado a colocar o time titular para jogar. É uma coisa que precisa ser revista, o formato do Carioca, para que o campeão da Libertadores, os times que jogam até dezembro possam se preparar melhor. Não estou falando que os clubes pequenos devem ser prejudicados, mas acho que os clubes grandes deveriam entrar em uma outra fase. Aí acho que o campeonato poderia ter uma melhora".

Fluminense em 2025

"Tudo pode acontecer. O Mano Menezes é um cara que merece respeito pelos trabalhos que fez, apesar dos últimos anos ter sido bem sucedido. É um cara que sabe muito bem trabalhar com defesas. O Super Mundial eu acho que é uma utopia para qualquer clube brasileiro. Pode acontecer, mas o Fluminense precisa primeiro fazer uma boa primeira fase, dá para passar... Acho que o Fluminense fez contratações muito boas, como o Hércules, que é um bom meio-campo, atua bem na parte defensiva, chega bem na frente para chutar, tem drible, tem passe e bate bem na bola. Lavega também é muito bom jogador. Canobbio é um cara que dá uma movimentação boa. Acho que foi fundamental a renovação do Arias. Espero que o Ganso fique curado dessa miocardite e acho que o Fluminense ainda precisa de um camisa 9 de ofício. Alô, Firmino, está na hora de vir. Mas acho que o Fluminense tem um bom elenco, dos últimos três anos, acho que é o melhor. Pegando um bom cabeça de área, mais um meia de criação e um camisa 9 fecha bonito".

Mocidade 2025

"A expectativa é a melhor possível, é uma volta do Renato à escola. Infelizmente a gente perdeu a Márcia há pouco tempo, que é a idealizadora do texto do enredo. É mais um motivo para a gente se engajar ainda mais. É um Carnaval com DNA de Mocidade, com cara de Renato Lage, futurista, com muita luz, de fácil entendimento. Eu acho que a Mocidade vai surpreender. São 12 escolas querendo a mesma coisa, é um Carnaval muito disputado. A gente tem que trabalhar nesse restinho que falta para corrigir pequenos erros, para conseguir fazer um Carnaval com muita alegria, vontade e emoção. Tenho certeza que a Márcia vai dar essa energia para a gente, para a nossa estrela brilhar".

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