Casagrande acredita que egoísmo de Bolsonaro e Landim pode acabar com futebol brasileiro
Ex-jogador vê em políticos lado que 'compromete a saúde das pessoas, divide a população e, em vez de fortalecer o futebol, vai enfraquecê-lo ainda mais'
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O ex-jogador Casagrande, atualmente comentarista esportivo na "Globo", escreveu em seu blog no "Globesporte.com" sobre o futuro do futebol brasileiro. Na opinião do ídolo corintiano, os posicionamentos de Jair Bolsonaro, presidente da República, e Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, são egoístas e suas decisões podem acabar com o esporte no Brasil.
- O presidente do Flamengo queria o retorno do futebol já em abril, defendeu os “protocolos” do clube na pandemia e insistiu tanto na mudança dos direitos de transmissão de jogos que a Medida Provisória que alterou as regras acabou ganhando o apelido de “MP do Flamengo” - e seguiu:
- Jair Bolsonaro, o presidente do Brasil, concorda com o do Flamengo em todos esses assuntos. Landim é o Bolsonaro do futebol brasileiro. O que essas duas figuras têm feito nos últimos meses compromete a saúde das pessoas, divide a população e, em vez de fortalecer o futebol, vai enfraquecê-lo ainda mais.
Casagrande ainda disse que Bolsonaro virou chacota mundial por desmerecer a "gripezinha", que acabou sendo diagnosticado (com coronavírus), e afirmou que Landim "foi na onda" do presidente ao tomar decisões ignorando o redor. Casão lembrou a morte de um membro da comissão rubro-negra por Covid-19.
De acordo com a opinião de Casagrande, a MP 984, que modifica os acordos de direitos televisivos, pode até beneficiar o Flamengo, mas é egoísmo do clube ignorar que outras equipes podem ser prejudicadas.
- O Flamengo diz que, com a nova regra, vai conseguir fechar acordo de transmissão ainda melhores. Isso não é pensar no coletivo, no bem de todo o futebol brasileiro, mas no próprio umbigo. Que fique bem claro: é direito do Flamengo e de qualquer outra equipe querer faturar mais e trabalhar para isso. Se o clube tiver competência para isso, ótimo. Que fature dez vezes mais - argumentou ele, que completou:
- Mas esse aumento não pode acontecer à custa do sofrimento de todos os outros – ou, ao menos, da maioria dos demais. Agir sozinho pode funcionar para o Flamengo e para mais alguns poucos clubes de grande torcida. Mas que poder de fogo vão ter clubes menores nessas negociações, seja em que campeonato for? É cada um por si? É isso que queremos para o futebol brasileiro?
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