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Caso Daniel: ‘Allana ficou presa tempo demais’, diz tia do jogador

Habeas corpus da filha do assassino Edison Brittes foi aprovado pelo Superior Tribunal de Justiça. Com isso, Allana foi posta em liberdade após ficar nove meses em regime de prisão

Allana Brites (não publicar essa foto)
Com o habeas corpus aceito pelo STJ, Allana Brites passará a ser ré em liberdade (Foto: Giuliano Gomes/PRPress)

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Tia do jogador Daniel, assassinado em outubro do ano passado por Edison Brittes, Regina Corrêa reagiu à aprovação do habeas corpus de Allana Brittes, filha do assassino, e disse que a acusada ficou tempo demais na cadeia. A declaração foi feita em uma mensagem enviada a Eleandro Passaia, apresentador da Tribuna da Massa, no Paraná. Na tarde desta quarta-feira, Allana foi liberada da Penitenciária Feminina de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. 

- O crime que ela cometeu não foi o assassinato. Não vejo participação dela no crime. De tudo que o doutor Nilton [Ribeiro, assistente de acusação] me falou sobre o direito, ela ficou presa tempo demais, o crime que ela cometeu não seria tão longo assim, nove meses - disse Regina Corrêa.

Na mesma cela da mãe, Cristiane Brittes, Allana estava presa desde novembro do ano passado por coação no curso do processo, corrupção de menor e fraude processual. 

- Parece pouco, mas já pensou o que é nove meses atrás das grades, sair lá de dentro e ver o que o mundo de fora pensa sobre a família dela? Imagina começa a vida aos 18 anos sendo ex-presidiária, tendo sido presa por ser cumplice de um assassinato? A vida vai cobrar dela - falou a tia do jogador.

Apesar da empatia com Allana, Regina Corrêa também revelou a dor que sentiu quando soube do habeas corpus.

- Em nome da minha família, a gente recebeu a notícia que ela está sendo solta e atrás disse veio toda aquela tortura que vivemos, a tristeza, todas aquelas frases dissimuladas, a história que ela inventou para ludibriar, todos os momentos de terror procurando o Daniel na qual ela foi fria, calculista e dissimulada - revelou.

Apesar do drama passado pela família de Daniel, a tia do jogador ressaltou que não têm desejo de vingança.

- Peço paz em nome de todos. Não existe uma guerra entre as famílias, nós já perdemos. Eles ganharam. Eles mataram o Daniel. Agora a gente quer justiça - contou ela.

Allana e os outros seis réus que respondem pela morte de Daniel serão interrogados entre os dias 15 e 17 deste mês pela juíza Luciane Regina de Paula, a responsável pelo processo.

Nota da Redação: erroneamente, esta matéria havia sido originalmente publicada sem o devido crédito do autor da foto. Lamentamos pela falha e pedimos desculpas ao fotógrafo em questão

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