A Justiça negou um pedido de Najila Trindade para desarquivar o inquérito policial que investigava Neymar por estupro. Na decisão, a juíza Ana Paula Gomes ressaltou que a solicitação da mulher não atendia aos critérios para o desarquivamento.
- Anote-se, novamente, que o desarquivamento só se faz possível com base em novas provas - explicou a juíza.
Advogado da modelo, Cosme Araújo queria que a Justiça retomasse as investigações para avaliar as imagens do hotel em que o casal se encontrou em Paris. O advogado também reclamou que a defesa do jogador anexou um documento no inquérito. Por último, Cosme não concordou com a inclusão de um depoimento do ex-marido de Najila no processo. O depoimento do homem foi dado na investigação que apura suposto furto e tentativa de extorsão, em outra delegacia.
O advogado tem ainda a possibilidade de tentar mover uma ação em Paris, onde ocorreu o caso entre Neymar e Najila. De acordo com a jurista que representa o ex-marido da modelo, Milena Peterle Savio, é pouco provável que a nova denúncia seja realizada.
- Eles têm essa liberdade, mas se acontecer o mesmo que aqui [no Brasil], ela responderá pelo crime de denunciação caluniosa: quando você denuncia alguém por crime que não cometeu. Quem investiga crimes na França é a Polícia Judiciária, que pode requisitar todo o material existente do inquérito aberto em São Paulo. E como várias esferas já disseram que não houve crime, então ela já teria dificuldades desde o início da nova denúncia - explicou a jurista.
Mesmo com o inquérito ainda arquivado, Najila Trintade pode responder por dois crimes no Brasil: denunciação caluniosa e falsa comunicação de crime, este último sobre o arrombamento no apartamento da mulher e suposto furto do tablet, que ainda não foi confirmado e é investigado na 11ª DP de São Paulo.