A nova regra da Série A do Campeonato Brasileiro que limita a troca de técnicos nos clubes foi elogiada pelos comentaristas do SporTV. O ex-jogador Dejan Petkovic gostou da mudança, entretanto teme que os dirigentes dos clubes tentem driblar a medida. Já Caio Ribeiro acredita que a alteração aumentará a responsabilidade e reeducará os responsáveis pelas contratações.
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- A minha preocupação é que quando um time exceder o número de trocas de treinador, vai haver a discussão para o treinador pedir demissão e não o clube demiti-lo. Por uma série de questões, sobretudo financeira. Ainda acho que a regra da Europa é melhor ao impedir que um treinador dirija duas equipes da mesma competição na mesma temporada. Mas pode ser um avanço. É um passo adiante para tentar impedir tantas demissões no futebol brasileiro - disse Pet nesta tarde no programa "Seleção SporTV".
- Achei ótima a mudança nas regras de demissão de treinadores para o Campeonato Brasileiro. Acho que precisamos reeducar os nossos dirigentes, parar de jogar para arquibancada e assumir a responsabilidade. Não na hora de demitir, é na hora de contratar. Se não tiver consciência do que estão fazendo, a conta vai chegar no final do campeonato. E claro, traz mais estabilidade para carreira dos treinadores. O que move o futebol é a paixão. Mas isso tem que ficar na arquibancada. Os profissionais que dirigem os clubes precisam estar preparados para tomada de decisão - destacou Caio Ribeiro.
O narrado Cléber Machado levanta a possibilidade da regra ter sido imposta aos clubes, mas a vê como importante para diminuir a constante troca de técnicos na competição.
- É uma pena que a gente precise de imposições para fazer o que é razoavelmente coerente. No entanto, não acho que é uma imposição contra a demissão. É uma tentativa de racionalizar um pouco essa constante troca de treinadores. Não é razoável que um campeonato com 20 times e 38 rodadas tenha 25 trocas de treinadores. Isso passava toda responsabilidade para o demitido ou para o recém-contratado. Parece uma imposição, e talvez até seja. Mas quem sabe não é uma imposição salutar para o futebol brasileiro - aponta Cléber.
A proposta foi apresentada aos 20 clubes da Série A pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo. Em outros anos, a entidade já havia tentado implementar tal mudança, porém, não conseguiu o aval dos times. Para a competição de 2021, a votação foi apertada, e terminou aprovada por 11 a 9.