CPI da Manipulação de Resultados solicita a convocação de dirigentes de clubes e de federações; veja novos nomes chamados!
Requerimentos desta terça-feira (23) incluem presidentes de clubes do Rio e São Paulo e dirigentes
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Os ingregrantes da CPI da Manipulação de Resultados anunciaram novos requerimentos no decorrer desta terça-feira (23). Em dia marcado por reuniões, os parlamentares confirmaram requerimentos para que pessoas do meio do futebol fossem chamadas a depor durante a CPI.
Dirigentes de futebol e de federações e CEOs de casas de apostas estão na lista mais recente de convocados. Felipe Carreras é relator e autor do requerimento para a abertura da comissão que terá como presidente o deputado Júlio Arcoverde (PP-PI). André Figueiredo (PDT-CE), Daniel Agrobom (PL-GO) e Ricardo Silva (PSD-SP) foram designados vice-presidentes. Os integrantes da comissão também solicitaram documentos do MP-GO referentes à Operação Penalidade Máxima.
O dia foi marcado pela retirada de Gabriel Menino, do Palmeiras, da lista de pessoas chamadas. Porém, a presidente do Verdão, Leila Pereira, foi chamada para prestar depoimento. O presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, também foi chamado.
Jorge Salgado, presidente do Vasco, Guilherme Bellintani, dirigente do Bahia, e o mandatário do Atlético-GO, Adson Batista, estão entre os convocados para prestarem esclarecimentos. O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, também foi chamado.
Presidentes de federações também foram convocados para depor. Ronei Freitas, da Federação Goiana de Futebol (FGF), Reinaldo Carneiro de Bastos, da Federação Paulista de Futebol (FPF), Adriano Guilherme de Aro Ferreira e o dirigente da Federação Mineira de Futebol (FMF) também foram chamados. Outros incluídos entre os requerimentos são os presidentes da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, o presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio Júnior, além do ex-presidente da Federação Gaúcha, Francisco Noveletto.
VEJA TODOS OS CONVOCADOS ATÉ O MOMENTO
Suspeitos de fazerem parte do esquema de manipulação de resultados:
Eduardo Bauermann (Santos)
Gabriel Tota (Ypiranga-RS)
Paulo Miranda (Náutico)
Igor Cariús (Sport)
Matheus Gomes (sem clube)
Fernando Neto (São Bernardo)
Kevin Lomónaco (Bragantino)
Victor Ramos (Chapecoense)
Demais chamados:
- Fernando Cesconetto - promotor do Ministério Público de Goiás
- Hugo Jorge Bravo - presidente do Vila Nova (na condição de testemunha)
- Leonardo Davi Penna de Moraes Cordeiro (Sócios Bet365
- André Rizek - jornalista (na condição de testemunha)
- Rodrigo Alves, presidente da Associação Brasileira de Apostas Esportivas (ABAESP)
- André Gelfi, diretor-presidente do Instituto Brasileiro do Jogo Responsável
- Cyro Terra Peres - procurador-geral do MP-GO
- Flávio Dino - ministro da Justiça e Segurança Pública
- Ednaldo Rodrigues - presidente da CBF
- Salmo Valentim - presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF)
- Wilson Seneme - presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
- Henrique de Oliveira Moreira, Edson Antônio Lenzi Filho e Thiago Heitor Presser ( Socio PayBrokers IP)
- Ernildo Junior Farias - sócio-proprietário da Pixbet
- Marcelo Paz - presidente do Fortaleza
- Alessandro Pires Barcellos - presidente do Internacional
- Glenn Stenger - presidente do Coritiba
- Fábio Pizzamiglio - presidente do Juventude
Ex-integrantes do Iranduba suspensos por fortes indícios de manipulação de resultados no Campeonato Amazonense:
- Gecivagner Araújo Sena
- Juan Inacio Felippe
- Leonardo Oliveira Rito
- Guilherme Cavalcante Felix
- Amilton Belarmino
- Fabio Henrique
- Maycon Soares Nascimento
- Leandro Soares
- Taison Luis Neto
- Gabriel Santos Silva
- Thiago Morais Bento
- Etevaldo de Jesus
- Alan da Silva Moraes
- Matheus da Silva
- Francisco Antonio
- Francinildo Pinheiro
- Celso da Conceição
- Kayck Augusto
- Athos Darling Augusto
- Cristiano da Silva
- João Victor dos Santos
- Ednailzon Rosenha - presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF)
- Kleber Joquebidis dos Santos - ex-treinador do Iranduba
Outros chamados:
- Durcesio Mello - presidente do Botafogo
- Alessandro Dresch - presidente do Cuiabá
- Marquinho Chedid - presidente do Red Bull Bragantino
- Júlio Heerdt - Presidente do Avaí
- João Paulo Silva - presidente do Ceará
- Alencar da Silveira Júnior - presidente do América-MG
- Rodolfo Landim - presidente do Flamengo
- Mário Bittencourt - presidente do Fluminense
- Wesley Cardia, CEO da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL)
- Paulo Rogério Pinheiro - presidente do Goiás
- Julio Casares - presidente do São Paulo
- Andrés Rueda - presidente do Santos
- Sun Chunyang e Xizhangpeng Hao (Sócios Sports-Bet )
- Fernando Neto, jogador do são Bernardo citado na Operação Penalidade Máxima
- Matheus Gomes (sem clube)
- Anderson Daronco - árbitro
- Andreas Krannich, diretor-Eeecutivo da Sportradar Integrity Services
- Gabriel Menino - jogador do Palmeiras - teve seu pedido retirado pelo deputado Luciano Vieira (PL-RJ)
- Controladoria-Geral da União (CGU) e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) no assessoramento dos Parlamentares desta CPI
- Tom Mace, vice-presidente sênior da empresa de análise e dados – Sportradar
- Leone Barros Costa Junior, ex-jogador do Barbalha
- Thiago Chambó e Bruno Lopes, além de outros acusados de aliciar jogadores e financiar esquema de aposta
- Roberto Carvalho Brasil Fernandes, da OAB
- Ricardo Santos Perassoli
- Richard Coelho - ex-jogador do Cruzeiro e hoje no Ceará
- Nino Paraíba
- Camila Silva da Motta, esposa e parceira de Bruno Lopes no esquema de manipulação de apostas
- Alex Rice, da empresa Stats Perform
- Maurício Portela, da empresa Live Mode
- Luiz Taveira, empresário de jogador
- Wadih Damous - Secretário Nacional do Consumidor
- Robson Barreirinhas - Secretário da Receita Federal
- Assessor Especial do Ministério da Fazenda, José Francisco Manssur
- Roberto Campos Neto - presidente do Banco Central
- Ana Moser - ministra do Esporte
- Mauro Carmélio Júnior - presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF)
- Francisco Novelletto Neto - ex-presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF)
- Rubens Lopes - presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ)
- Evandro Carvalho - presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF)
- Jorge Dias - presidente da Majorsports
- Adriano Guilherme de Aro Ferreira - presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF)
- Reinaldo Carneiro Bastos - presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF)
- Leila Pinheiro - presidente do Palmeiras
- Ronei Freitas - presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF)
- Thiago Lima - CEO da ZenetPay
- Duilio Monteiro Alves - presidente do Corinthians
- Jorge Salgado - presidente do Vasco
- Darwin Filho - CEO do Esportes da Sorte
- João Studart - CEO da NSX Group Betnacional
- Juan Matías Mendez, representante da empresa Sportradar na América Latina
- Sergio Santos Rodrigues - presidente do Cruzeiro
- Guilherme Bellitani - presidente do Bahia
- Adson Batista - presidente do Atlético-GO
ENTENDA O CASO
A investigação sobre suspeita de manipulação de resultados teve início em novembro do ano passado. O mandatário do Vila Nova, Jorge Hugo Bravo, descobriu que jogadores do clube vinham sendo aliciados por um grupo de apostadores antes da partida contra o Sport pela Série B. O dirigente juntou provas da tentativa de manipulação e procurou os promotores que combatem o crime organizado no estado.
Oficial da Polícia Militar, Jorge Hugo Bravo descobriu que o atleta Marcos Vinícius Alves Barreira, apelidado de Romário, tinha sido aliciado. Como o jogador não foi escalado, tentou induzir algum companheiro de time a levar um cartão vermelho ou cometer um pênalti no seu lugar. O valor combinado, segundo depoimento de Romário, era de R$ 150 mil, com uma "entrada" de R$ 10 mil, conforme vídeo de seu depoimento divulgado no programa dominical "Fantástico", da Rede Globo. Entre os vídeos, há ameaças de um integrante do esquema ao zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos.
A investigação apontou que houve manipulações em jogos das Séries A e B do Brasileirão de 2022 e em partidas de Estaduais. O grupo pagava para que jogadores fizessem determinadas ações, como receber cartões amarelo e vermelho ou cometer pênaltis. Em paralelo, os integrantes apostavam em sites do ramo que esses lances ocorreriam durante os jogos e conseguiam lucros.
Há estimativas de que o grupo “investiu” R$ 8430,00 e somou ganhos de R$ 730.616,00. O MP-GO continuará a apurar o caso e não descarta que ocorreram manipulações de resultados em outros jogos de futebol. A Operação Penalidade Máxima está em sua segunda fase.
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