A CPI das Pirâmides Financeiras, que tramita na Câmara dos Deputados, aprovou na última quarta-feira (27) a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador de futebol, e de seu irmão, Roberto de Assis Moreira.
Os dois já prestaram depoimento à CPI como testemunhas. Eles foram chamados para esclarecer sobre a empresa "18k Ronaldinho", que o Ministério Público Federal suspeita de ser uma pirâmide financeira. Ou seja, um esquema ilegal e insustentável que faz dinheiro recrutando constantemente novos participantes, podendo ou não envolver a venda de produtos ou serviços.
Antes de seu depoimento, Ronaldinho havia sido convocado pela comissão, mas não compareceu em duas ocasiões. A CPI chegou a considerar a possibilidade de forçar sua presença, mas ele acabou comparecendo voluntariamente.
A decisão de solicitar a abertura dos registros foi feita pelo relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD-SP).
- Durante as investigações, ficou evidente que Ronaldinho fez várias vezes propaganda para a empresa suspeita de fraude - explicou o relator da CPI.
A CPI investiga empresas acusadas de disseminar informações falsas sobre projetos com promessas de altos rendimentos para atrair novas vítimas e manter as pirâmides financeiras em funcionamento.