No país do futebol, as mulheres enfrentam grandes desafios para a sua atuação no esporte, que vão desde a falta de apoio de marcas até o preconceito em um esporte visto como “apenas para homens”. Na busca por influenciadoras que falam do futebol, a disparidade da presença e representatividade feminina fica visível. Ao buscar pelo termo “futebol” (perfis pessoais) através da plataforma "Buzzmonitor Influencers", as mulheres (sejam atletas ou jornalistas), só começam a aparecer a partir da posição 20.
Levantamento da mesma plataforma também classificou os influenciadores de futebol mais relevantes nas redes sociais. Na lista, destaque para três mulheres: Renata Fan, Raquel Freestyle e Cristiana Rozeira.
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Renata Fan - 2.8 milhões de seguidores no Twitter
A jornalista foi a primeira mulher a comandar uma mesa redonda na TV aberta brasileira, o "Jogo Aberto". Em seu perfil, compartilha os bastidores do seu dia a dia como apresentadora e também fala de campeonatos como a Libertadores e cita jogadores como Messi.
Raquel Freestyle - 1.8 milhões de seguidores no YouTube
A atleta de futebol freestyle compartilha em seu Youtube tutoriais de como fazer manobras e também o seu dia a dia. A forma de se referir aos seus seguidores (“fala, boludos”) é uma de suas marcas registradas e em seus vídeos já convidou para desafios o jogador Neymar e o Rei do Futsal, Falcão. A Fifa a convidou para fazer uma cobertura da Copa do Mundo no Qatar.
Cristiana Rozeira - 1 milhão de seguidores no Instagram
Atualmente jogando como atacante pelo Santos Futebol Clube, em 2012 Cristiane Rozeira tornou-se a maior artilheira feminina do futebol feminino na história dos Jogos Olímpicos. Ainda que a chegada do futebol feminino tenha acontecido de forma tardia na Olimpíadas, apenas em 1996, Cristiane acumula mais gols do que os maiores artilheiros homens nos Jogos Olímpicos. Cristiane marcou 14 gols, enquanto os atletas Sophus Nielsen (Dinamarca) e Antal Dunai (Hungria) marcaram 13.
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Interesse no futebol feminino é muito concentrado na Copa do Mundo
O comportamento de pesquisas no Google revela que o interesse pela atuação das mulheres no esporte está muito atrelado à Copa do Mundo.
Ao analisar as buscas nos últimos anos, a "Buzzmonitor Influencers" percebeu um pico de interesse pelo tema em junho de 2019, período em que ocorreu a Copa do Mundo de Futebol Feminino, e julho de 2021, quando o time feminino do Brasil foi eliminado nas quartas de final nas Olimpíadas de Tóquio.
O termo "futebol feminino" é apenas o 11º mais buscado entre aqueles que incluem a palavra "futebol". As pesquisas revelam buscas em especial por transmissão de partidas, como “futebol ao vivo”, “futebol hoje”, “jogo futebol”, “assistir futebol” e “futebol online”.
Nas redes sociais, as menções ao futebol feminino são feitas em maioria pelos homens (61,47%)
O Buzzmonitor Trends também verificou que nos últimos seis meses (outubro de 2022 a março de 2023), o termo “futebol feminino” foi mencionado em 140 328 posts de jornalistas, influenciadores e periódicos em redes sociais. Dessas menções, 61,5% delas vieram do público masculino e 38,5% do público feminino.
Nesse período, os fatos que mais geraram "buzz" sobre o futebol feminino em portais de notícias foram o bicampeonato do Corinthians na Supercopa e uma crítica da jornalista Mariana Spinelli, da "ESPN", sobre homens que são contra o futebol feminino.
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Perfis de marcas ou clubes que mais falaram do futebol feminino no último semestre:
1 - Corinthians (Facebook)
2 - Desimpedidos (Youtube), Centauro (Facebook)
3 - São Paulo Futebol Clube (Instagram)
4 - Gol Linhas Aéreas (Facebook)
5 - Clube Atlético Mineiro (Facebook)
6 - Cruzeiro Esporte Clube (Facebook)
7 - TV Palmeiras (Youtube)