Dia das Mães: conheça as atletas que voltaram a competir em alto nível após realizar o sonho da maternidade
Com o Dia das Mães se aproximando, o LANCE! separou seis histórias emblemáticas de "atletas-mães"
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Algumas das maiores estrelas do esporte mundial conciliaram a carreira com a maternidade. Do tênis ao futebol, mulheres precisaram lutar para se manter em alto nível após a gravidez e o nascimento do filho. Uma batalha não só para voltar ao melhor preparo físico, mas também contra a desconfiança de clubes, federações e até dos fãs. Com o Dia das Mães se aproximando, o LANCE! separou seis histórias emblemáticas de "atletas-mães".
Serena Williams
Já aposentada do esporte, Serena Williams anunciou neste mês a gravidez do segundo filho. No entanto, a tenista teve a primeira filha enquanto ainda estava em atividade. Mais do que isso, a norte-americana venceu o Australian Open de 2017 enquanto estava grávida.
Serena foi campeã do torneio em janeiro daquele ano, vencendo a irmã Venus na final. Na ocasião, a lenda do tênis estava grávida de dois meses, mas a informação não era pública. A atleta só anunciou a gravidez em abril.
Depois de conquistar a vitória, a tenista precisou interromper a carreira e não participou dos três Grand Slams restantes de 2017. Após o nascimento da filha, Alexis Olympia Ohanian Jr., a norte-americana retornou às quadras, um dos grandes desafios enfrentados por ela. Em 2018, a história foi contada por Williams na série “Serena Williams, o Ícone do Tênis”.
Serena enfrentou dificuldades no retorno ao esporte, mas não demorou a brilhar em quadra novamente. Em 2019, ela já estava de volta ao top-10 do tênis mundial. No ano seguinte, a norte-americana reencontrou o caminho dos títulos em disputas simples e venceu o Auckland Open.
Jaqueline Carvalho
Bicampeã olímpica e um dos grandes nomes do vôlei brasileiro, Jaqueline Carvalho anunciou que estava grávida do filho Arthur em 2013, logo após ser vice-campeã brasileira com o Osasco. Depois do nascimento do bebê, a ponteira começou a se preparar para recuperar a forma física com a intenção de disputar a fase final da Superliga na temporada 13-14 com o próprio Osasco. No entanto, o clube só podia contar com duas atletas de pontuação 7 no elenco e optou por não abrir espaço para o retorno de Jaque.
Com dificuldades para encontrar um clube, Jaqueline contou com apoio do técnico da Seleção Brasileira, José Roberto Guimarães. O treinador convocou a ponteira para o time do Brasil com intenção de readquirir o ritmo de jogo da ponteira, mas logo ela voltou a ser peça fundamental na equipe. Em 2014, a atleta conquistou o Grand Prix de Voleibol e foi medalhista de bronze no Campeonato Mundial. Ainda naquele ano, a jogadora acertou com o Minas Tênis Clube.
Alex Morgan
A jogadora de futebol Alex Morgan anunciou que estava grávida em outubro de 2019. Campeã mundial naquele ano e considerada uma das melhores jogadoras do mundo, ela revelou que sofreu pressão dos fãs por interromper a carreira durante o auge.
A atacante norte-americana fez questão de lutar para que as mulheres pudessem conciliar o esporte com a maternidade. Morgan sempre deixou claro que não estava abrindo mão da carreira e seguiu uma rotina de preparação ainda durante a gravidez para retornar ao futebol em alto nível.
Em maio de 2020, a jogadora foi mãe de Charlie Elena Carrasco. No ano seguinte, ela já estava representando a seleção dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Tóquio.
Maria Elisa
Um dos destaques do vôlei de praia feminino, Maria Elisa foi responsável por uma mudança importante no regulamento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Tudo começou quando, depois de não conseguir se classificar para as Olimpíadas de Tóquio, a atleta decidiu engravidar.
Na época, ela estava entre as dez melhores atletas do ranking nacional. No entanto, o regulamento previa que atletas-mãe perderiam 25% dos pontos se voltassem a atuar em até um ano e 50% se demorassem 18 meses. Maria Elisa escreveu um grande desabafo questionando as regras da CBV nas redes sociais e, um mês depois, a entidade decidiu que as jogadoras que interrompessem a carreira por causa da gravidez manteriam a pontuação no ranking.
Maurren Maggi
Maurren Maggi protagonizou uma das cenas mais emblemáticas entre mãe e filha no esporte brasileiro. Após conquistar a medalha de ouro no salto em distância nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, a atleta ligou para a filha Sofia, de 3 anos, e ouviu a menina dizer: ‘mamãe, eu queria a prata’.
No entanto, o caminho para Maurren voltar ao topo do esporte depois da gravidez não foi fácil. Em entrevista à “TV Globo”, a atleta contou que deixou os hábitos esportivos de lado enquanto esperava o nascimento da filha e precisou correr contra o tempo para readquirir a forma física depois de dar à luz.
– Comi bastante, mas a genética e o metabolismo ajudaram também. Quando eu retornei para os treinamentos, estava muito fina e demorei para ganhar massa magra. No entanto, a minha memória muscular ajudou bastante, afinal fiz esporte a vida inteira. Além disso, estava lenta e com as calças de legging sobrando nas pernas. Meu treinador até brincava comigo - contou.
Tamires
Lateral do Corinthians e da Seleção Brasileira, Tamires pensou que a carreira no futebol tinha terminado quando ficou grávida do filho, Bernardo, aos 21 anos.
– Quando eu descobri (que estava grávida), eu tinha 21 anos, não era tão nova, mas como eu era atleta, essa é a fase que você está começando a ganhar experiência. Para mim, foi um baque muito grande. Era uma responsabilidade enorme. Eu pensei que o futebol tinha acabado para mim ali – revelou em entrevista ao blog “Dibradoras”.
Após o nascimento do filho, Tamires ficou dois anos longe do futebol profissional. Durante o período, ela cuidava de Bernardo e acompanhava o marido César, que também era jogador. Em 2010, a lateral-esquerda recebeu uma oferta do Atlético-MG e passou um ano e meio no Galo. No entanto, a distância entre ela e o esposo, que atuava no Patrocinense, fez com que Tamires abandonasse o futebol novamente.
Em 2013, quando César jogava no estado de São Paulo, Tamires recebeu uma oferta do Centro Olímpico, clube da capital. A partir dali, a carreira da lateral decolou. De lá, foi para o Fortuna Hjørring, da Dinamarca e, desde 2019, é um dos grandes destaques do Corinthians.
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