Em casa: atletas brasileiros que atuam na Ucrânia chegam ao Brasil após fuga da guerra no país
Jogadores e familiares desembarcaram em São Paulo e Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira
Os jogadores e profissionais brasileiros do Shakhtar Donetsk e do Dínamo de Kiev, da Ucrânia, começaram a desembarcar no Brasil na manhã desta terça-feira, depois de conseguirem fugir do país europeu que está em guerra com a Rússia desde a semana passada.
Após alguns dias de muita tensão, os brasileiros que estavam no país do leste europeu chegaram ao Brasil. O volante Maycon, ex-Corinthians e que atua no Shakhtar Donetsk, foi o primeiro a chegar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, ao lado da esposa Lyarah Vojnovic e do filho pequeno, a família pegou um voo de Frankfurt, na Alemanha, depois de deixar a Romênia. A esposa do atleta foi uma das personagens dos últimos dias, relatando a fuga da sua família e dos demais brasileiros da guerra na Ucrânia.
Maycon relatou que foi pego de surpresa pela invasão russa e que sabia do risco, mas acreditou nas informações locais que foram lhe passadas e não imaginou que terminaria desta forma.
Outros brasileiros que chegaram nesta em São Paulo foram o lateral Dodô, ex-Coritiba, e o atacante Pedrinho, outro ex-Corinthians, além do preparador físico Luciano Rosa. Todos vindos da França. No Rio de Janeiro, desembarcou o zagueiro Marlon, cria da base do Fluminense.
Mais brasileiros devem chegar ainda nesta manhã no Brasil - é o caso volante Fernando - eles estão em um voo vindo da França. Naturalizado ucraniano, o atacante Junior Moraes permaneceu em Paris.
ENTENDA O CASO
Desde 2014, a região de Donetsk se declarou independente da Ucrânia e por conta dos conflitos geopolíticos, o Shakhtar teve que deixar a cidade de origem e atuar em Kiev. O mesmo acontece com a região de Luhansk. Na última segunda-feira, Vladimir Putin, presidente da Rússia, reconheceu a independência das duas províncias.
Nesta quinta-feira, a Rússia decidiu invadir militarmente a Ucrânia com o argumento de que está atuando em defesa das reivindicações territoriais. No entanto, há pouco esclarecimento se a nação de Putin busca apenas garantir a soberania de Donetsk e Luhansk ou se planeja se expandir territorialmente.