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ESPN e STAR+ transmitem o Fluminense na Libertadores para todo Brasil

Eugênio Leal fez uma análise sobre o momento da equipe tricolor na temporada

Fred - Fluminense
imagem cameraFluminense precisa de mais uma vitória importante na competição (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/03/2022
22:41

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Nesta quarta-feira (09/03), a ESPN e o STAR+ transmitem o jogo de ida do confronto de Fluminense x Olímpia para todo Brasil. A partida marcada para acontecer no Estádio Nilton Santos, às 21h30, será atração do canal e da plataforma de streaming com narração de Paulo Andrade e comentários de Eugênio Leal e Zinho. Carlos Eugênio Simon será o analista de arbitragem da partida. 

Valendo vaga na fase de grupos da Conmebol Libertadores, que começa no dia de 5 de abril e será atração da ESPN e do STAR+, o Fluminense conta com a experiência de jogadores como Felipe Melo, William e o goleiro Fábio para superar a equipe paraguaia. Os dois jogos do confronto terão exibição ao vivo nos dias 9 e 16 de março no canal de TV por assinatura e na plataforma de streaming.

Em entrevista exclusiva, Eugênio Leal, comentarista da partida, falou sobre o momento vivido pelo Fluminense e projetou o confronto com a equipe paraguaia:

1- A ausência do Fred prejudica as chances de classificação do Fluminense?
- O Fred é um jogador muito importante pela liderança, pela personalidade que tem em campo e pela capacidade técnica de resolver muitas situações, mas o Fred de 2022 não apresentou o desempenho que teve ano passado, por exemplo, quando foi muito produtivo para o time. Aparentava que ele ainda não tinha encontrado a melhor condição. Diante disso, no momento, o Cano parece ser uma opção que rende muito mais para a equipe do que o Fred. A ausência do Fred é sentida por tudo que ele representa e pela pressão que ele exerce nos seus adversários, mas no aspecto técnico, hoje, o Fred não está fazendo a diferença que fez no ano passado. Talvez quando ele se recuperar ele reencontre a forma física que o ajude a voltar a fazer essa grande diferença-.


2- Abel Braga é um treinador que foi subestimado nos últimos anos. Como você avalia o início de trabalho dele?
- O Abel é um técnico com uma história muito grande no futebol, já conquistou títulos importantíssimos, Brasileirão, Libertadores, Mundial... Ele precisa ser respeitado. A loucura que se tornou o debate esportivo depois das redes sociais acabou dificultando muita coisa pro Abel. Pessoalmente ele também sofreu muito com a perda do filho e isso acarreta num desequilíbrio psicológico natural, é uma situação difícil de lidar. Com tudo isso ele acabou tendo um momento de oscilação na sua carreira, o que é normal para todo treinador, nenhum treinador vive vencendo o tempo inteiro. Ele não é o técnico mais moderno do mundo, mas esse trabalho que ele desenvolve no Fluminense tem muita base e é muito sólido. Podemos questionar algumas opções dele, mas ele é muito coerente com o que propõe pro time. A equipe tem uma base defensiva muito forte, é difícil ser batida, e aos poucos vai construindo seus caminhos ofensivos. Ainda precisa evoluir nisso, mas precisamos entender que é um trabalho no seu estágio inicial que vem construindo bons resultados, ainda não chegou no seu auge, mas é um bom trabalho. A imagem dos treinadores no Brasil fica muito ao sabor de opiniões emitidas no calor da emoção do que nas análises baseadas na razão-.


3- Quais são os pontos que o Fluminense precisa tomar cuidado neste confronto com o Olímpia?
- O Olímpia é um time que se defende bem, tem muita personalidade e força mental. Não tem necessariamente o talento apresentado pelos jogadores do Millonarios, mas é um time coletivamente bem organizado. Do meio pra frente a equipe trabalha melhor com a objetividade, quando recupera a bola e vai direto em direção ao gol, especialmente com os jogadores de lado como o Alejandro Silva, que já é quase um veterano, mas é leve ainda e tem a capacidade do drible e pode fazer estrago na defesa. A qualidade técnica também do Derliz Gonzáles. O Fluminense não vai enfrentar o Paiva, que é o artilheiro do time na temporada, um jovem que tem um início de ano muito bom. Mas a grande questão para o Olímpia é a coletividade. É um time que marca forte e é bem articulado para encaixar um ataque objetivo. Jogam normalmente no 4-4-2, com dois homens de lado que voltam para compor uma linha defensiva, mas que conseguem se juntar aos dois homens de frente, que não necessariamente são dois centroavantes, podem ser dois meias que abrem espaço para estes jogadores que chegam de trás. É um time bem montado e que desde a chegada do novo treinador tem conseguido bons resultados no futebol paraguaio-.

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