Ex-Manchester City, Fernando revela motivo por escolher o Vila Nova em podcast
Volante chegou a negociar com Internacional e Cruzeiro, e também recebeu propostas da Europa
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No início do ano, o Vila Nova surpreendeu e agitou o mercado da bola ao anunciar a contratação de Fernando, volante com longa trajetória de sucesso no futebol europeu. Menos de três semanas depois, o experiente jogador, de 36 anos, que estava no Sevilla e anteriormente defendeu clubes, como Porto, Manchester City e Galatasaray, voltou a entrar em campo com a camisa do Tigrão, após 17 anos, e ajudou o time a vencer o clássico contra o Atlético-GO, por 2 a 1, deixando a equipe na liderança do Campeonato Goiano. Nesta segunda-feira, 29 de janeiro, o bate-papo do Pod Pai Pod Filho será justamente com o atleta.
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Durante conversa com Téo José e Alê, Fernando conta que recebeu diversas propostas do futebol brasileiro e da Europa, incluindo uma do Olympiacos, e explica o que o levou a tomar a decisão de retornar ao Vila Nova.
- Tive várias opções. Continuar na Europa, voltar para o Brasil e jogar a Série A... Avisei para todos os clubes que precisava voltar para Goiânia, ver meus pais e minha família e depois decidiria o que realmente queria. E assim foi. Vi todos e falei: ‘É aqui mesmo que eu vou ficar’. Foram tantos anos fora, minha família passando por um momento complicado, então decidi ficar perto deles - afirmou o voltante.
- Saí de Alto Paraíso, que não tem tradição nenhuma de futebol, com 16 anos, vim para o Vila Nova e, 10 meses depois, já estava no profissional. Joguei nas categorias de base da seleção, Porto, Manchester City, Galatasaray, Sevilla... Ganhei muita coisa. Olhando para trás eu falo: ‘fiz uma carreira espetacular’. Hoje, posso escolher estar no Vila Nova outra vez e tentar dar ao clube o que ele me deu, fazendo o meu melhor dentro de campo - acrescentou Fernando.
Natural de Alto Paraíso, no interior de Goiás, Fernando não pretende mais deixar o Vila Nova. Até por isso, topou assinar um contrato de dois anos com o clube onde começou a carreira e fez parte do elenco campeão goiano em 2005, justamente o último título estadual do Tigrão.
- Quero terminar a minha carreira no Vila Nova. Falei para fazer três meses de contrato, mas o presidente me convenceu a fazer dois anos. O pessoal sabe que se eu fizer um bom Goiano um clube pode me procurar, mas eu não quero sair. Se quisesse, teria ido agora... Quero ficar em casa. Já passei tudo o que eu tinha que passar, ganhei o que tinha para ganhar, agora quero jogar pelo clube que me projetou e tentar ajudar. Sei que é difícil, porque o Vila tem muitos problemas. A Série B tem clubes com orçamentos maiores, mas vamos ver se conseguimos fazer uma temporada boa. Não digo subir de divisão, mas dar alegria ao torcedor, fazê-los verem um clube competitivo dentro de campo - ressaltou o meia
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LONGA CARREIRA NA EUROPA:
Em 2007, Fernando foi vendido ao Porto e começou sua longa trajetória de sucesso no futebol europeu. Depois de um ano emprestado ao Estrela Amadora, conquistou seu espaço no Dragão, onde permaneceu até 2014. Ao todo, foram 237 jogos pelo clube português com 12 títulos conquistados.
- No Porto o pessoal é muito fanático. A organização deles também é impressionante. O estádio é muito bonito, a forma com que eles tratam os jogadores e os nossos familiares... Tudo de uma maneira espetacular. É o clube mais organizado que eu peguei na Europa - relata.
De lá, Fernando foi para o Manchester City. Entre 2014 e 2017, disputou 102 partidas e ganhou a Copa da Liga Inglesa, comandado por Pep Guardiola.
- (Guardiola) é um treinador que tem bastante informação, às vezes, até um pouco demasiado. O (jogador) que tem paciência de entrar na dinâmica dele e fazer aquilo que ele quer, ele tem muita paciência e vai te orientando. O bom do jogo dele é que você sabe o que tem que fazer em campo - explica.
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Por duas temporadas, Fernando atuou também pelo Galatasaray. Na Turquia, o volante ficou impressionado com o nível de fanatismo dos torcedores. “Nunca vi isso na minha vida. A forma como tratam o jogador e o futebol. Aqui o brasileiro é apaixonado, mas lá é algo sobrenatural, impressionante. Quando o adversário pega na bola, eles apitam de uma forma que parece que seu ouvido vai estourar e quando você pega na bola o incentivo é rápido. Você está quase sempre a 200 km por hora. Em dois anos lá, não perdi nenhum jogo em casa”, recorda.
Fernando, que também defendeu nas últimas temporadas o Sevilla, conquistando, inclusive, duas vezes a Liga Europa, é sincero ao analisar os motivos de não ter tido chances no time principal da Seleção Brasileira.
- Saí muito novo do Brasil. Se tivesse passado por um clube de Série A, criado esse vínculo com o brasileiro, talvez poderia ter ido. Fiquei sete anos em Portugal e o futebol português no Brasil não é tão visto como o Espanhol, por exemplo... Meu empresário era de fora também, enfim, são coisas que acontecem - finaliza.
O podcast completo com o volante Fernando estará disponível no YouTube do SBT Sports e no próprio canal do “Pod Pai Pod Filho” a partir das 19h (de Brasília) desta segunda-feira (29).
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